Judiciário
Sai a urna eletrônica, entra o celular: TSE estuda mudança para votação online
Apesar de ser um dos processos mais elogiados do mundo por sua segurança, voto presencial pode se tornar coisa do passado no Brasil
Apesar de ter um dos sistemas de votação mais elogiados do mundo, por conta de sua segurança e confiabilidade, o formato de votação com o uso de urnas eletrônicas pode se tornar coisa do passado em um futuro bastante próximo. Tudo porque o Tribunal Superior Eleitoral estuda a substituição do voto presencial pelo online, com o uso de computadores e celulares.
Em entrevista ao Uol, o juiz auxiliar da presidência do TSE e coordenador do projeto Eleições do Futuro, Sandro Vieira, explicou que o primeiro teste já deve ser realizado nestas eleições, com o uso de candidatos fictícios e a tecnologia de gigantes como IBM e Amazon para o desenvolvimento da ferramenta. Até o momento, 31 empresas já demonstraram interesse em desenvolver o projeto.
“No dia da eleição , três empresas montarão estandes em cada local de votação. O eleitor que quiser participar da simulação receberá as orientações para votar e o TSE acompanhará os resultados”, disse Vieira, revelando ainda que o teste será realizado em São Paulo, Curitiba (PR) e Valparaíso de Goiás (GO).
Porém, para que tal mudança ocorra, será preciso garantir que o processo é seguro, sigiloso e pode ser auditado, mantendo assim o grau de confiabilidade atingido com as urnas eletrônicas , consideradas caras pelo TSE por conta dos gastos com manutenção e o baixo tempo de vida útil dos aparelhos.
“Ainda temos que lidar com os gastos extras, como refeições dos mesários e o deslocamento das urnas. O voto online seria cômodo em meio à pandemia e muito útil ao eleitor que estiver em trânsito No futuro, ele poderá votar de qualquer lugar”, finalizou o juiz.
Ainda de acordo com a publicação, os primeiros testes devem ocorrer em 2021 caso as demonstrações deste ano se provem satisfatórias. Assim, o futuro presidente do TSE , ministro Alexandre de Moraes, poderá decidir se a mudança será implementada oficialmente, via projeto-piloto, em 2022.