Esporte
Em nova versão, mineira Norma Dumont busca reação no UFC em Las Vegas
Lutadora de BH desce para o peso galo para encarar americana
Depois da derrota para Megan Anderson, por nocaute, em fevereiro, em Norfolk (EUA), a mineira Norma Dumont passou por transformação não só física, mas também mental, visando à reabilitação no UFC. Agora na divisão dos galos (61kg), a lutadora de BH se diz mais confiante e quer mostrar a nova versão neste sábado, diante da americana Ashlee Evans-Smith, no card preliminar, em Las Vegas. O evento terá início às 21h (de Brasília), com transmissão do Combate.
A Imortal, como é chamada a mineira de 30 anos, tirou lições da derrota para Megan Anderson na estreia no UFC. Ela disse que fez uma preparação voltada não só para o lado físico e técnico/tático, mas também para o emocional. E promete colocar em prática todo o trabalho feito na equipe Team Rules, em BH, ao lado do marido e técnico Johnny Vieira, em companhia com o treinador Rubens Dórea, com quem se empenhou para afiar a trocação.
Em entrevista ao SUPERESPORTES, Norma Dumont disse que pretende lutar mais vezes a partir de 2021, e que pode transitar tanto na divisão dos galos como na dos penas. Neste sábado, diante da ‘Rebel Girl’, Garota Rebelde, apelido da americana, ela avisou que pretende soltar o jogo e se ‘divertir’ no octógono, mas buscando sempre o nocaute.
Você pretende investir no peso galo do UFC? Ou pode transitar tanto no peso galo como no pena?
já era algo planejado, porque a categoria até 66kg está um pouco vazia e sabia que não conseguiria muitas lutas em sequência. É uma categoria em que as atletas lutam, quando muito, duas vezes por ano. Nossa ideia não é essa, e sim disputar três ou quatro lutas por ano, ficar na ativa, eu gosto e preciso de estar em atividade. Como fui contratada para o 66kg, eu estreei naquela divisão, mas depois eu desceria para os 61kg. E quando tivesse nova oportunidade, subiria de novo para os 66kg para ficar entre as duas divisões. Acho isso bem interessante e quero conseguir mais lutas, mesclar nas duas categorias.
A oponente deste sábado também tem transitado entre divisões, atuando nos galos e nos moscas (57kg)…No seu caso, o corte de peso foi mais difícil?
Meu peso sempre foi em média 72kg, e eu lutava com 61kg. Quando fechei com UFC para lutar nos 66kg, eu subi meu peso para os 77kg para ficar mais pesada e forte para a categoria. Eu consegui treinar com a mesma intensidade e potência, com a mesma carga que quando estava nos 77kg. Perdi só 200g de massa magra, o resto foi de gordura. Consegui manter bem, mas não foi fácil, foram três meses de dieta, então em 30 dias saí dos 77kg para os 71kg, depois me mantive, e no começo de novembro desci para 68kg e fizemos o corte de peso. Fácil não foi, mas foi mais tranquilo que imaginei.
A sua adversária já tem essa experiência na prática, de transitar em diferentes categorias de peso. Você vê isso como uma vantagem?
A Ashlee é grandona, mas não é muito forte, então ela desceu, talvez, para se experimentar. Como ela não luta há muito tempo, são quase dois anos, talvez por isso ela não tenha voltado para os 57kg. Creio que para ela, com esse tempo sem lutar, seja mais tranquilo bater o peso nos 61kg.
Você encarou a derrota como aprendizado para corrigir algo no seu jogo? O que mudou desde aquela luta, em fevereiro, para agora?
https://2128ff59947f5c1a6b9545a2fa077863.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.htmlComo venho de derrota, me sinto mais empolgada. Voltei para academia e meu foco mudou, passei a usar mais a cabeça durante o treino, a pensar em estratégia, a ser mais inteligente no octógono. Me sinto em uma nova versão e quero mostrá-la no sábado. Fiz acompanhamento com psicólogo, para aprender a meditar e a controlar os sentimentos, porque lá dentro não é briga, é luta, é preciso ser inteligente e tem que estar com a cabeça boa para isso.
A maior batalha foi comigo mesma, trabalhar a paciência para não errar o tempo. Só vamos saber se vai dar certo ou não no sábado, mas estou bem confiante e focada.
Você pretende adotar um estilo mais cauteloso, voltado para a estratégia? Ou prefere partir para cima desde o começo?
Nessa luta eu quero me divertir, me soltar, lutar como eu treino. Quero ser uma atleta técnica e com potência, ainda não consegui mostrar isso no octógono. Quero alcançar essa frieza rapidamente, e nessa luta eu quero terminar com nocaute, mas não precisa ser no começo, pode ser até no fim. Quero me soltar, achar o tempo certo para acabar com a luta.
O fato de sua adversária já ter mais lutas pelo UFC pode ser uma vantagem para ela pela experiência? Ou isso não interfere?
Apesar de ser mais experiente, a Ashlee não vem em um bom momento. Ela ficou mais de um ano e meio sem lutar, não era uma atleta com muita frequência mesmo antes, passou por duas categorias, perdeu, ganhou…não é uma atleta frequente no octógono. A pausa é ruim em qualquer situação, cheguei na organização agora, preciso mostrar meu trabalho, e lutar poucas vezes é ruim.
UFC Blaydes x Lewis
Sábado (28)Local: UFC Apex, em Las VegasHorário: card preliminar – 21h (de Brasília); card principal – 0h (de Brasília)Transmissão: Canal Combate 2CARD PRINCIPAL
Curtis Blaydes x Derrick LewisAnthony Smith x Devin ClarkJosh Parisian x Parker PorterMiguel Baeza x Takashi SatoSpike Carlyle x Bill AlgeoCARD PRELIMINAR
Ashley Evans-Smith x Norma DumontMartin Day x Anderson BerinjaGina Mazany x Rachael OstovichJonathan Pearce x Kai Kamaka IIISu Mudaerji x Malcolm GordonLuke Sanders x Nate Maness