CIÊNCIA & TECNOLOGIA
WhatsApp terá campanha para explicar nova política de privacidade
Comunicação busca tornar mudanças mais claras para usuários; novos termos passam a valer em 15 de maio
O WhatsApp anunciou nesta quinta-feira (18) que promoverá uma nova campanha para explicar aos usuários quais são as mudanças que planeja para sua política de privacidade.
A iniciativa visa tornar as informações mais claras e vem após a empresa ser amplamente criticada pela forma como comunicou a atualização no início deste ano.
A partir de 25 de fevereiro, um pequeno “banner” estará disponível dentro do app, convidando usuários a revisarem as políticas de privacidade do app. Lá, explicações sobre as novas regras e como aceitá-las também estarão disponíveis. A mensagem também enfatiza que a atualização não altera a privacidade das conversas pessoais dos usuários.
A comunicação será feita através do recurso Status – ferramenta do WhatsApp similar aos Stories, do Instagram. Segundo o WhatsApp, essa abordagem foi preferida por usuários em vez do alerta de tela inteira como havia sido feito anteriormente. Veja abaixo:
As novas regras foram anunciadas em janeiro e promovem uma maior integração entre o aplicativo e o Facebook, que é dono do serviço desde 2014. Os termos permitirão o compartilhamento de informações de usuário, incluindo número de telefone, modelo do celular e informações de contato, com o Facebook. O foco da mudança é auxiliar contas corporativas do serviço WhatsApp Business.
Na prática, a política já existe desde 2016, mas era optativa para usuários. A partir da mudança, o compartilhamento de metadados será compulsório: qualquer um que interagir com empresas dentro do app poderá ter os dados acessados. De acordo com o WhatsApp, recursos de compra e venda são integrados ao Facebook para que “empresas possam gerenciar seus estoques em diversos aplicativos”.
A nova comunicação também não muda o fato de que a mudança de política segue prevista para acontecer no dia 15 de maio. Até a data, o app continuará a enviar lembretes para usuários para que possam ler e aceitar as atualizações para continuar usando o WhatsApp.
Usuários que optem por não aceitar a atualização dos termos de serviço, terão funções de suas contas bloqueadas.
Por fim, em um novo post em seu blog oficial, o WhatsApp também abordou a migração de usuários de sua plataforma para serviços concorrentes, como Signal e Telegram, que aconteceu na esteira da polêmica.
“Outros concorrentes afirmam que são melhores porque têm acesso a ainda menos dados do que o WhatsApp. Nós acreditamos que as pessoas estão buscando um aplicativo que seja seguro e confiável, mesmo que para isso seja necessário que o WhatsApp tenha acesso a dados limitados”, pontua a empresa.
“Antes de tomar uma decisão, levamos em consideração vários aspectos e continuaremos desenvolvendo novas maneiras para manter nosso compromisso de usar cada vez menos dados e não mais”, completa.