Internacional
Presidente argentino reivindica soberania de seu país sobre as ilhas Malvinas
No dia em que o conflito com o Reino Unido fez 39 anos, presidente argentino pediu diálogo para que ilhas sejam devolvidas
No dia 02 de abril, dia em que se completou 39 anos do início da guerra na Malvinas, o presidente argentino, Alberto Fernández, reivindicou uma “política de Estado” para retomar o diálogo com o Reino Unido sobre a soberania das Ilhas e também homenageou os combatentes.
“Hoje, como todo dia 2 de abril, honramos a memória de nossos heróis, veteranos e caídos na Guerra das Malvinas, e reivindicamos nossa soberania sobre o território. As Ilhas Malvinas eram, são e serão argentinas”, escreveu o chefe de governo em postagem no Twitter. “No século XXI, não há mais lugar para o colonialismo”, completou o presidente da Argentina.
Fernández, que celebra aniversário no mesmo dia, também veiculou uma mensagem em vídeo, em que presta homenagem ao papel dos enfermeiros militares designados para receber os feridos da guerra na cidade de Comodoro Rivadavia, no sul do país. “Eles vinham de uma guerra injusta”, afirmou.
Nesta semana, o presidente anunciou que enviaria três projetos de lei ao Congresso, para conceder mais benefícios materiais aos ex-combatentes.
Guerra pelas ilhas
Em 2 de abril de 1983, a ditadura que governava a Argentina lançou uma operação para recuperar as Malvinas, que desde 1833 são administradas pelo Reino Unido, o que levou a um conflito bélico que perdurou até a rendição dos efetivos sul-americanos, em 14 de junho do mesmo ano. A guerra custou a vida de 649 argentinos, 255 britânicos e três habitantes da ilha.
Hoje, o ato oficial de celebração do Dia do Veterano e dos Caídos na Guerra das Malvinas, foi realizado na Praça de Armas do Edifício Libertador, sede do Ministério da Defesa argentino, com a presença do titular da pasta, Agustín Rossi, dos chefes das três Forças Armadas e do chefe do Estado Maior Conjunto, o general Juan Martín Paleo.
Em diversas idades argentinas, foram realizadas solenidade de homenagem aos “heróis” da guerra, enquanto nas redes sociais, lideranças de diferentes forças políticas nacionais também defenderam a soberania do país sobre a região.
Retomada do diálogo
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores, divulgou que a melhor forma de homenagear os combatentes “é continuar trabalhando todos os dias para recuperar o exercício efetivo da soberania sobre as Ilhas Malvinas.
O texto ainda denuncia “A existência de uma base militar britânica nas ilhas que ignora todas as resoluções das Nações Unidas”, além de resultar na “usurpação dos recursos naturais do Atlântico Sul que pertencem ao povo argentino”.
A Chancelaria aponta que o governo do país sul-americano se esforça “sempre através de meio pacíficos para alcançar que o consenso da comunidade internacional, através de órgãos multilaterais que criem as condições para que o Reino Unido retome as negociações bilaterais sobre soberania”.