Argentina cai para o pior lugar para se viver durante a pandemia, aponta ranking da Bloomberg

De acordo com o ranking da Bloomberg COVID, que analisa a gestão da contingência de saúde em 53 nações do mundo, os Estados Unidos são agora o melhor país para se estar durante a pandemia do coronavírus, enquanto a Argentina é a pior opção.

Segundo a Bloomberg, o principal indicador medido para definir a posição de cada país foi a normalização.

As grandes campanhas de vacinação estão permitindo que partes do mundo abolam os mandatos das máscaras, relaxem as restrições e desmantelem os meios-fios nas fronteiras, tornando a escala da reabertura a chave para a qualidade de vida.

O surgimento de casos e mortes de covid-19, que já foi primordial além de um sistema de saúde forte, agora está dando lugar à capacidade de voltar no tempo e voltar aos tempos pré-pandêmicos como o padrão de maior importância, para o qual a abertura de uma economia ao mundo é essencial, foi relatado.

A Argentina proibiu as exportações de carne bovina por 30 dias e as retomou apenas parcialmente, enquanto também limitou o número de passageiros aerotransportados permitidos diariamente no país, uma medida que a maioria dos especialistas em saúde considerou desnecessária e que alguns analistas em Buenos Aires afirmam ser fundamentado na antipatia pessoal do governador de Buenos Aires, Axel Kiciloff, por pessoas que podem pagar para viajar.

Também é um boato generalizado na Argentina que Kiciloff é o verdadeiro herdeiro do legado político da vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner e não do presidente Alberto Fernandez, que -segundo rumores- ela não vai endossar para reeleição em 2023. O país também foi rebaixado na semana passada, para uma economia “autônoma”, uma categoria que nem vale a pena ser avaliada pelas classificações do MSCI.

A Bloomberg, portanto, se concentrou em como é fácil entrar e sair de um local e quanta viagem aérea foi recuperada, junto com nossas outras 10 métricas que rastreiam as taxas de mortalidade até a contagem de infecções, liberdade de movimento e crescimento econômico.

Essa reviravolta deu início a mudanças dramáticas nas classificações. Os Estados Unidos estão agora em primeiro lugar, com sua campanha de vacinação rápida e expansiva, dominada por injeções de RNA mensageiro altamente eficazes, interrompendo o que já foi o pior surto do mundo.

Os restaurantes estão lotados, as máscaras não são mais necessárias para os vacinados e os americanos estão saindo de férias novamente, encorajados por uma taxa de vacinação que cobre metade da população. Os Estados Unidos se posicionaram para um crescimento econômico vertiginoso este ano, graças a um pacote de estímulo de US $ 1,9 trilhão e à confiança do consumidor alimentada pela inoculação.

Devido à mudança de foco do Ranking, ele não está mais sendo comparado diretamente com o do mês passado.

Países europeus como Suíça, França e Espanha estão entre os 10 primeiros, pois abrem suas fronteiras para turistas vacinados, enquanto as hospitalizações diminuem graças à inoculação, destacou Bloomberg.

Partes da região da Ásia-Pacífico que tiveram bom desempenho no ranking até agora, como Cingapura, Hong Kong e Austrália, caem, pois as restrições de fronteira rígidas permanecem em vigor e uma abordagem de tolerância zero para pequenos surtos de vírus limita sua capacidade de reabertura; Taiwan está na metade inferior pelas mesmas razões, além de uma campanha de vacinação demorada e um surto ressurgente.

Índia, Filipinas e alguns países latino-americanos têm a classificação mais baixa em meio a uma tempestade perfeita de surtos desencadeados por variantes, vacinação lenta e isolamento global.

O México melhorou sua situação devido ao avanço na aplicação de vacinas, à reabertura de empresas, à capacidade de voos, bem como às rotas onde já foi aplicado um número significativo de imunizações.

A lista completa é a seguinte:

1- EUA; 2- Nova Zelândia; 3- Suíça; 4- Israel; 5- França; 6- Espanha; 7- Austrália; 8- China; 9- Reino Unido; 10- Coreia do Sul; 11- Noruega; 12- Dinamarca; 13- Singapura; 14- Turquia; 15- Arábia Saudita; 16- Bélgica; 17- Finlândia; 18- Emirados Árabes Unidos; 19- Grécia; 20- Romênia; 21- Suécia; 22- Holanda; 23- Japão; 24- Canadá; 25- Áustria; 26- Itália; 27- Irlanda; 28-Alemanha; 29-Portugal; 30- Hong Kong; 31- República Tcheca; 32- Rússia; 33- Egito; 34- México; 35- Polônia; 36- Nigéria; 37- Iraque; 38- Chile; 39- Tailândia; 40- Vietnã; 41- Brasil; 42- Irã; 43- África do Sul; 44- Taiwan; 45- Peru; 46- Bangladesh; 47- Paquistão; 48- Colômbia; 49- Indonésia; 50- Índia; 51- Malásia; 52- Filipinas; 53- Argentina.