CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Estudo: governo é o principal alvo de ciberataques no Brasil
Pesquisa da Trend Micro indica que o volume de invasões registradas no setor é três vezes superior em comparação a outros segmentos
O governo foi o principal alvo dos cibercriminosos no Brasil durante a pandemia. Segundo um levantamento da Trend Micro, o setor respondeu por 35,3% das ameaças bloqueadas no ano passado. Esse índice de detecções três vezes maior que o segundo colocado, o segmento de manufatura, com 9,7%. Governo lidera o ranking nos últimos dois anos, sendo que em 2019 respondeu por 40% dos ataques.
Globalmente, os segmentos mais atingidos nos últimos dois anos foram manufatura, governo, educação e saúde, nesta ordem. Juntos, eles somam mais de 1,4 milhão de detecções registradas no ano passado. No âmbito global, manufatura lidera as ameaças bloqueadas, com 20,6%.
Com a aceleração digital e a intensificação da adoção do trabalho remoto ocasionadas pela pandemia, a exposição das empresas a ataques cibernéticos aumentou. Os cibercriminosos, inclusive, passaram a se aproveitar de temas sobre a Covid-19, como vacinação, para aplicar golpes.
No ano passado, foram identificadas mais de 16 milhões de ameaças relacionadas à pandemia causada pelo coronavírus, sendo que quase 90% foram de spam maliciosos. Mais de 60% dessas ameaças foram originadas nos Estados Unidos (EUA), Alemanha e França.
O mapeamento é realizado com base em dados de infraestrutura de segurança dos programas Trend Micro. A empresa monitorou quase 5 milhões e meio de empresas que utilizam suas plataformas em todo mundo e sofreram ataques entre janeiro a maio.