ECONOMIA
Exportação de carne bovina tem incremento de 11,3% no faturamento
Em junho observamos um volume menor de carne bovina exportada, entretanto houve um incremento no faturamento de 11,3%
O panorama do mercado pecuário está praticamente idêntico nas últimas semanas, devido a oferta restrita de boiadas. “Apesar disso, a mudança climática, principalmente o frio que vem atingindo a maior parte do Brasil, fez com que houvesse um aumento gradual nas ofertas de boiadas, principalmente para os produtores que fazem engorda de animais a pasto, ou seja, houve um aumento gradual na oferta de boiadas”, informa o eng. agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, Rodrigo Queiroz.
Já o mercado interno ainda está prejudicado em relação ao escoamento. “Então, apesar de um fator poder alavancar os preços da arroba do boi gordo, tem outros fatores, que é o escoamento ruim para o mercado interno e essa oferta gradual de boiadas que vem ocorrendo devido ao frio. Dessa maneira, o mercado pecuário na última quinzena de junho no Estado de São Paulo manteve-se idêntico, não houve mudanças em relação ao preço”, ressalta.
No mercado é interno o boi gordo se mantém cotado a R$ 317/@, preço bruto e a prazo. “Houve negociações do boi para exportações em São Paulo em R$ 325/@, preço bruto e a vista, entretanto na maior parte das negociações é um boi de R$ 320/@, preço bruto e a vista”, frisa o especialista.
Exportações
Até a terceira semana de junho o viés era de aumento nas exportações, em relação a junho do ano passado, “entretanto com os dados da Secex finalizando o junho observamos um escoamento menor, um volume menor de carne bovina exportada. No ano passado girou em quase 152 mil toneladas de carne bovina, e esse ano exportamos 140 mil”, aponta Ribeiro.
Entretanto houve um incremento no faturamento de 11,3%, “isso porque o preço comercializado da carne bovina aumentou expressivamente em relação a carne bovina do ano passado. Observamos um aumento em torno de 20% no preço da carne bovina comercializada, ou seja, o ano passado em junho comercializamos uma carne bovina em U$ 4,3 mil a tonelada, e agora estamos exportando carne bovina numa média de U$ 5,18 mil por tonelada”, salienta.
“Com esse recuo do dólar esperava-se uma exportação menor de carne bovina, entretanto a demanda internacional ainda se encontra aquecida, apesar desse escoamento, em relação ao volume ter sido menor em relação a junho do passado, ainda nos encontramos em patamares bem otimistas, em um ritmo bem aquecido nas exportações”, finaliza Ribeiro.