ECONOMIA
Como o aumento o maior da Selic em 18 anos impacta o brasileiro?
Taxa básica de juros foi elevada em um ponto percentual pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, para 5,25%
O aumento da taxa básica de juros (Selic), medida já esperada pelo mercado, foi confirmado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na última quarta-feira, 4. Com a mudança de um ponto percentual, a Selic agora está em 5,25%.
“A inflação ao consumidor continua se revelando persistente. Além disso, há novas pressões em componentes voláteis, como a possível elevação do adicional da bandeira tarifária e os novos aumentos nos preços de alimentos, ambos decorrentes de condições climáticas adversas”, explicou o Banco Central.
A taxa básica influencia os juros de operações como empréstimos, parcelamentos e rendimentos de aplicações em renda fixa. A ferramenta é utilizada para controlar a inflação, afetando a oferta e demanda de produtos e serviços e movimentando os preços.
Qual o motivo do aumento?
Esse é o quarto aumento seguido após diversas quedas consecutivas desde 2019. No início deste ano, a Selic estava estagnada em 2%, o que significa que até o momento a alta já foi de 3,25%.
O grande motivo da elevação é a pressão causada pela inflação. Ao aumentar a Selic, o Banco Central pretende aumentar os juros de empréstimos, parcelamentos e financiamentos, além de oferecer mais rendimento para aplicações em renda fixa, o que traz mais investimentos do exterior.
Esse movimento gera uma tendência de redução do consumo, o que diminui os preços e, consequentemente, a inflação.
Como isso afeta o consumidor?
Todos os anos, é definida uma meta para a inflação, ou seja, a faixa dentro da qual o IPCA deve encerrar o período. Essa meta garante o controle da inflação e assegura a manutenção do poder de compra da população, gerando um crescimento econômico sustentável.
Ficar abaixo da meta demonstra que o consumo ou produção estão aquém do recomendado, enquanto ficar acima sinalizada que os preços estão subindo mais do que os consumidores podem pagar.
Para 2021, a meta de inflação é de 3,75%, com teto (máximo) de 5,25%. O mercado estima atualmente que o IPCA fechará este ano em 6,79%, mais de um ponto percentual acima do máximo estabelecido.
Uma consequência disso é gerar insegurança sobre a economia, o que afasta investidores do país. Ou seja, tudo depende de um equilíbrio delicado.