ESTADO
Dia Nacional do Patrimônio Histórico: CAU/PB celebra a data alertando para a necessidade de proteção e preservação dos nossos bens
Nesta terça-feira, dia 17 de agosto, é celebrado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico no Brasil. A data passou a ser comemorada após a criação do mais importante órgão de preservação do país, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A preservação do patrimônio histórico é essencial para o fortalecimento da identidade nacional e regional, para a garantia do direito à memória e contribuição para o desenvolvimento socioeconômico do país.
“Falar sobre a importância do nosso patrimônio, é na verdade indicarmos marcos importantes a serem preservados e valorizados. Precisamos compreender as várias formas da cultura, material e imaterial, e conhecer as diferentes interpretações, principalmente no campo de atuação da Arquitetura e Urbanismo. Precisamos, enquanto conselho, oferecer informações aos profissionais, pois eles precisam conhecer muito mais a nossa história. Precisamos aproximar os arquitetos da importância da valorização cultural histórica do nosso Estado”, destacou o presidente do CAU/PB, Eduardo Nóbrega.
Seguindo esse direcionamento, o CAU/PB realiza, a partir desta segunda-feira (16) até a próxima sexta-feira (20), a Semana do Patrimônio Histórico. Durante essa semana, postaremos nas nossas redes sociais, imagens do patrimônio histórico da Paraíba e faremos perguntas para testar o conhecimento dos arquitetos e urbanistas sobre esse tema. Não deixe de participar!
Abaixo, conheça um pouco mais sobre o tema:
IPHAN – O Iphan é o órgão responsável pela proteção e preservação dos bens culturais nacionais. Possui tutela de milhares de edifícios, centros urbanos e sítios arqueológicos brasileiros e ainda conta com um acervo monumental com mais de um milhão de objetos catalogados.
Dados do Iphan na Paraíba:
08 bens e conjuntos em processo de instrução;
01 tombado provisoriamente;
21 bens e conjuntos tombados individualmente;
02 Centros Históricos tombados: João Pessoa e Areia;
06 bens registrados como Patrimônio Imaterial;
14 bens integrantes da Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário nos termos da Lei nº 11.483/07 e da Portaria IPHAN nº 407/2010, distribuídos nos municípios de São João do Rio do Peixe, Duas Estradas, Patos, Mari e João Pessoa.
Dos 06 bens registrados como Patrimônio Imaterial, 03 têm abrangência nacional (Ofício das Baianas de Acarajé, Ofício dos Mestres de Capoeira, e Roda de Capoeira), 02 têm abrangência regional (Teatro de Bonecos Popular do Nordeste e Literatura de Cordel) e 01 tem abrangência local (Feira de Campina Grande).
IPHAEP – Na Paraíba, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) é o órgão responsável pela preservação do acervo patrimonial, tangível e intangível, do Estado.
A Paraíba possui 15 municípios com Centro Histórico tombado: Alagoa Grande – Dec. 23.551 de 07 Nov 2002; Areia – Dec. 8.312 de 06 Nov 1979; Bananeiras – Dec. 31.842 de 04 Dez 2010; Cajazeiras – Dec. 25.140 de 29 de Jun 2004; Campina Grande – Dec. 25.139 de 29 Jun 2004; João Pessoa – Dec. 9.484 de 14 Mai 1982; Mamanguape – Dec. 25.031 de 14 Mai 2004; Pilar – Dec. 8.625 de 26 Ago 1980; Pombal – Dec. 22.913 de 04 Abr 2002; Princesa Isabel – Dec. 26.099 de 05 Ago 2005; Remígio – Dec. 23.809 de 27 Dez 2002; Rio Tinto – Cadastrado e em vias de tombamento; São João do Cariri – Dec. 25.141 de 29 Jun 2004; São João do Rio do Peixe – Dec. 22.917 de 04 Abr 2002 e Sousa – Dec. 258.030 de 14 Mai 2004.
E 25 municípios com bens e conjuntos protegidos (tombados ou cadastrados) individualmente.
ARQUITETURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO – Segundo organizações internacionais relacionadas ao tema, profissionais do campo da Arquitetura e Urbanismo são essenciais na conceituação do patrimônio histórico e cultural e no desenvolvimento de metodologias de preservação, pois sua atuação é fundamental para a conservação do patrimônio construído (material) e imaterial. Sua formação permite uma visão social, urbanística, dos contextos e lugares, da paisagem urbana e das pré-existências, dos materiais e técnicas construtivas, metodologias e critérios de intervenção, correlacionando constantemente memória e história.
Os arquitetos e urbanistas são os profissionais preparados para lidarem com desafios como as mudanças climáticas e o pós-pandemia, ressignificando a melhor forma de lidar com os novos cenários das formas de habitar e de trabalhar, evidenciando-se a necessidade de se trabalhar conjuntamente arquitetura e os demais campos conhecimento em prol da preservação do patrimônio.