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Setembro Verde: Central de Transplantes alerta sobre a importância da doação de órgãos
Um ato voluntário que pode salvar vidas e transformar a dor em recomeço. Assim é a doação de órgãos, tema debatido pela campanha “Setembro Verde”, como forma de sensibilizar a população.
Na Paraíba, a proposta da Central Estadual de Transplantes é promover ações com o objetivo de esclarecer e sensibilizar profissionais de saúde e a população quanto ao processo de doação e transplante de órgãos.
De acordo com a enfermeira e chefe do Núcleo de Ações Estratégicas da Central, Rafaela Carvalho, é importante manifestar em vida o desejo de ser doador. “O transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação, e para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo de ser doador e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos”, explicou.
As doações ocorrem quando há morte cerebral e perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como a perda da consciência e da capacidade de respirar. As pessoas podem ser potenciais doadoras de córneas, rins, fígado, coração, pulmão e pâncreas, entre outros órgãos e tecidos, que são retirados e utilizados para transplante. Ou seja: um único doador pode salvar cerca de oito vidas. Também é possível ser doador em vida, sem comprometer a saúde. Nesses casos, a pessoa doa tecidos, rim e medula óssea. Ocasionalmente, também é possível doar parte do fígado ou do pulmão.
A autorização para doação de órgãos, de acordo com a legislação brasileira, deve ser realizada por um parente de primeiro ou segundo grau, sendo pai ou mãe, filhos, avós, netos ou cônjuges.
Segundo a coordenadora de enfermagem do Núcleo de Captação de Órgãos de Campina Grande, Juliana Alves, a negativa familiar ainda é o principal motivo para não doação. “Muitos declinam do processo por crenças em informações desencontradas ou mesmo pela falta de informação adequada”, diz. Para ela, o principal objetivo do “Setembro Verde” é esclarecer e incentivar as pessoas a manifestarem para seus familiares a intenção de ser doador.
Dados – De janeiro a agosto de 2021, foram realizados 156 transplantes de órgãos e tecidos na Paraíba, sendo 137 transplantes de córneas, dois de coração, nove de rins e oito de fígado. A fila de espera tem 334 pessoas aguardando por uma córnea, quatro esperando por um coração, oito aguardam um fígado e 181 pessoas esperam um transplante renal.