Saúde
Caminhar aumenta longevidade, mas não adianta passar de 6km por dia
Fazer mais exercícios não significa que você queima mais calorias. Na verdade, o que importa é a atividade física do dia todo.
Quanto caminhar por dia?
Caminhar pelo menos 7.000 passos por dia reduz o risco de morte prematura para pessoas de meia-idade entre 50% e 70%, em comparação com outras pessoas de meia-idade que deram menos passos diariamente ou não se exercitaram.
Como o comprimento médio de cada passo é estimado em 82 centímetros, dar 7.000 passos equivale a caminhar por 5.740 metros, ou 5,7 km.
E caminhar mais de 10.000 passos por dia – ou andar mais rápido – não reduziu ainda mais o risco, mostrando o que parece ser um limite para o ganho com a caminhada.
Estes resultados mostram a evolução no estabelecimento de diretrizes baseadas em evidências para atividades físicas simples e acessíveis que beneficiam a saúde e a longevidade – como caminhar.
Hoje é comum ouvir a recomendação de 10.000 passos por dia, mas esta não é uma diretriz cientificamente estabelecida, tendo surgido como parte de uma campanha de marketing feita para um pedômetro japonês.
Fazer mais exercícios não significa que você queima mais calorias. Na verdade, o que importa é a atividade física do dia todo.
Quantos passos por dia
Os pesquisadores coletaram dados do estudo “Desenvolvimento de Risco de Artéria Coronária em Jovens Adultos (CARDIA)“, que começou em 1985 e ainda está em andamento. Cerca de 2.100 participantes entre 38 e 50 anos usaram um acelerômetro entre 2005 e 2006 e foram acompanhados por quase 11 anos depois disso, para ver os ganhos a longo prazo.
Os voluntários foram separados em três grupos de comparação: Volume de passos baixos (menos de 7.000 por dia), moderado (entre 7.000-9.999) e alto (mais de 10.000).
“Você vê essa redução gradual de risco na mortalidade à medida que dá mais passos. Houve benefícios substanciais para a saúde entre 7.000 e 10.000 passos, mas não vimos nenhum benefício adicional em ir além de 10.000 passos,” disse a professor Amanda Paluch, da Universidade de Massachusetts Amherst (EUA).
Isso é importante porque mostra quando é necessário fazer um esforço para andar mais que vá valer a pena.
“Para pessoas que deram 4.000 passos, chegar a 5.000 é significativo. E de 5.000 para 6.000 passos, há uma redução de risco incremental na mortalidade por todas as causas até cerca de 10.000 passos,” detalhou Amanda.