Internacional
Por dentro dos gigantescos campos de maconha do Marrocos
Nas montanhas do Marrocos, há uma infinidade de plantações de uma variedade de maconha desejada mundialmente
Trata-se do que os cultivadores locais a chamam de “Kif” ou “prazer supremo”. Ela domina a paisagem por mais de 500 km quadrados no norte do país.
Hoje, 60% da cannabis consumida na Europa vem do Marrocos. Mas isso não significa que os fazendeiros sejam ricos, pelo contrário.
Eles ficam a mercê dos poderosos cartéis de tráfico internacional e são impactados pelas leis marroquinas.
Embora o cultivo para fins medicinais e industriais tenha sido legalizado em maio de 2021, muitos fazendeiros ainda operam na ilegalidade e são alvos de frequentes ações policiais.
“As pessoas que levam para os outros países ganham bastante dinheiro. Mas nós somos apenas fazendeiros e ganhamos pouco. A fiscalização é muito rigorosa e não podemos exportar, o governo não deixa”, diz um cultivador de maconha ouvido pelo repórter Murad Shishani, da BBC.
A nova lei teoricamente permitiria que ele cultivasse e exportasse. Mas assim como a maioria dos fazendeiros, esse produtor ainda responde a processos da época em que todos estavam operando ilegalmente.
Mais de 40 mil fazendeiros estão sendo processados por seus atos de antes de a nova lei entrar em vigor.
Existe um clamor para anistiar essas pessoas, mas o problema é que, segundo representantes do governo, entre eles estão membros dos cartéis de traficantes.