CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Windows 11 bloqueia app que impede uso obrigatório do Edge
Uma recente atualização do Windows 11 para membros do Windows Insider bloqueou as ações do app EdgeDeflector, que redireciona links que seriam abertos no navegador da Microsoft para o browser de preferência do usuário. Independentemente do navegador padrão.
O update adicionou o protocolo “edge: //” a endereços dentro dos widgets, como o Notícias e Interesses. Com isso, a ferramenta que redireciona os links para o navegador padrão escolhido pelo usuário deixou de funcionar em builds mais recentes, obrigado a adoção do Microsoft Edge.
Ao instalar o EdgeDeflector, todos os links do Windows abrem no navegador padrão.
“Você não pode mudar o protocolo padrão com alteração no registro, personalização de fabricantes parceiras, modificações no Microsoft Edge, interferência com OpenWith.exe ou qualquer outra alternativa”, explica os criadores do EdgeDeflector.
Segundo os desenvolvedores, a mudança ocorreu entre o lançamento das builds 22483 e 22494 da versão Insider do Windows 11. Os criadores alegam que a ocorrência não é um bug, mas o resultado de uma ação deliberada da Microsoft.
“Isso não é um erro de Preview do Windows Insider. A Microsoft fez alterações específicas na forma como o Windows 11 atua com o protocolo ‘edge://’”, afirmam os desenvolvedores.
Sucessor do Internet Explorer, o Microsoft Edge foi lançado em janeiro de 2020.
Microsoft não se pronunciou sobre o caso
Como destaca o Windows Central, a Microsoft não comentou sobre as mudanças de protocolo. Portanto, não é possível afirmar que a empresa tenha planos para “forçar” o uso do navegador próprio realizando as recentes alterações.
Do outro lado, o EdgeDeflector segue disponível para os usuários do Windows 10 e Windows 11. Contudo, os desenvolvedores não vão atualizar o app até que a Microsoft mude a forma de gerenciar os links com o protocolo “edge: //”.
Por fim, os criadores afirmam que existem maneiras de fazer a ferramenta continuar funcionando no Windows 11. No entanto, isso “exige alterações destrutivas no sistema operacional”.