ECONOMIA
Pesquisa revela que 41% das organizações filantrópicas temem falta de apoio financeiro no pós-pandemia
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e a Ambev mostrou que um dos temores das entidades filantrópicas no período pós-pandemia é a falta de apoio financeiro por parte das pessoas. Esse é o receio de 41% deles, enquanto 61% admitem que deixaram de atender ou de prestar algum serviço nesta fase.
O levantamento detalhou que as dificuldades, já enfrentadas antes deste período, foram intensificadas devido ao novo coronavírus. A compra de produtos relacionados à prevenção da doença foi um desafio para 22% das ONGs, enquanto 14% tiveram um gasto extra com alimentos e 11% precisaram investir para o funcionamento de forma remota. Apenas 23% afirmam ter recebido ajuda financeira.
Defensor do terceiro setor, o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) lamenta que as instituições tenham passado por desafios financeiros durante a pandemia. Ele ressalta que neste período, as entidades filantrópicas desempenharam papel fundamental, apesar da falta de apoio do poder público.
“A pandemia trouxe uma série de desafios, mas nem todos puderam contar de forma efetiva com a administração pública. Não foi por falta de recursos, mas por falta de prioridade. O orçamento público é frequentemente voltado para manter privilégios. No terceiro setor vejo pessoas que, mesmo sem recursos, dedicam sua vida em prol do outro, em busca de melhorar condições, trazer oportunidades, algo que deveria ser, antes de tudo, pauta do governo”, ressaltou.
Pedro aponta que se houvesse mais apoio do poder público, o alcance das entidades seria muito maior. “Sofremos por uma falta de visão que desprestigia o terceiro setor. Com recursos públicos aplicados de forma consistente nas associações e entidades, veríamos um impacto enorme em nossa sociedade, com mais inclusão, redução de índice de violência, criação de oportunidades”, listou.
Recentemente, Pedro destinou recursos de emendas parlamentares o montante de R$ 1 milhão para entidades de Campina Grande, sendo elas Instituto Paraibano de Combate ao Câncer (R$ 100.000,00); Fazenda do Sol (R$ 80.000,00); Instituto dos Cegos (R$ 200.000,00); Casa da Criança Dr. João Moura (R$ 80.000,00); Casa do Idoso (R$ 80.000,00); Instituto São Vicente de Paulo (R$ 80.000,00); Casa do Menino (R$ 80.000,00) e APAE (R$ 400.000,00), sendo esta última o local da solenidade da entrega simbólica.
Pesquisa – Conforme a análise, as principais doações foram de alimentos e cestas básicas (45%), produtos relacionados à prevenção da COVID-19 (29%), produtos de higiene pessoal (26%) e contribuições financeiras (23%). A necessidade de mais doações foi um ponto destacado por 24% dos líderes de instituições.