Nacional
No Conselho de Segurança, Brasil hasteia bandeira e promete “trabalho bem feito”
Embaixador Ronaldo Costa Filho fala de atuação para beneficiar a todos; cerimônia também marcou entrada de Albânia, Gabão, Gana e Emirados Árabes Unidos passando a ocupar assentos não permanentes do órgão
As Nações Unidas receberam os cinco novos países que passam a integrar o Conselho de Segurança no próximo biênio.
Na cerimônia realizada esta terça-feira na entrada do órgão, o Brasil hasteou a bandeira nacional, assim como Albânia, Gabão, Gana e Emirados Árabes Unidos.
A meta da única nação de língua portuguesa no atual mandato, o 11º da história do país, é privilegiar a prevenção e a mediação para evitar conflitos e sua escalada.
Em discurso, o embaixador brasileiro nas Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, destacou ainda que o país trabalhará para melhorar a eficiência e a coerência das operações de manutenção da paz e missões políticas.
Para ele, outra prioridade será defender “a necessidade de aprimorar o papel” das Comissões das Nações Unidas para a Consolidação da Paz em situações de pós-conflito. Atualmente, o Brasil lidera a estratégia da Guiné-Bissau.
Entre as maiores apostas da diplomacia brasileira no novo mandato estão “melhorar a transparência e a responsabilidade do Conselho para com os membros da ONU em geral”.
Oportunidades
Costa Filho destacou que o país será orientado pelo “princípio de que as questões de interesse universal devem ser tratadas de uma maneira que respeite as oportunidades de participação de todos”.
O diplomata disse esperar que com independência e equilíbrio, o Brasil possa contribuir para completar algumas das lacunas que persistem na resolução de conflitos, bem como para um Conselho mais eficiente e legítimo.
Vizinhos
O Brasil ainda tem em sua agenda a promoção da paz e segurança internacionais, com o reforço do sistema de segurança coletiva, como prevê o mandato do órgão e dita a Carta da ONU.
O Brasil destacou ter chegado ao órgão como uma “democracia vibrante, em que a prevalência dos direitos humanos e a resolução pacífica de conflitos são princípios constitucionais” norteando as relações internacionais. Ele destacou ainda a situação de paz mantida “com todos os seus 10 países vizinhos há mais de 100 anos”.
O país totaliza duas décadas como membro eleito do Conselho. Para o diplomata a situação confere “vantagem para enfrentar os desafios complexos e multifacetados nos próximos dois anos.”