CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Novas fotos do “cubo misterioso” da Lua mostram que era só uma pedra mesmo
A intrigante estrutura parecida com um cubo, descoberta no lado afastado da Lua em dezembro do ano passado, não passa de um pedaço de rocha lunar nada misterioso. A confirmação foi possível graças ao rover chinês Yutu-2, que conseguiu se aproximar o suficiente do objeto.
Quando foi observada pela primeira vez em dezembro de 2021, a estrutura aparecia no horizonte lunar como uma espécie de cabana armada. Na época, a China National Space Administration (CNSA) estimou que o objetivo estava a 80 metros de distância do rover Yutu-2.
Desde então, o rover chinês iniciou sua jornada em direção ao “cubo”. Conforme divulgado pelo blog Our Space, afiliado à agência espacial chinesa, ele levaria de dois a três meses para chegar até lá, mas levou pouco mais de um mês.
Agora, próximo ao objeto que gerou “bafafá” nas redes sociais, o rover pôde observar que a estrutura não passa de um pedaço de rocha lunar — como era de se esperar. A aparência geométrica, de um cubo bem definido, foi apenas uma ilusão de óptica formada pela perspectiva, sombras e luz àquela distância.
Segundo o Our Space, um dos controladores do rover observou que, de perto, a rocha lembrava um coelho e as pedras menos próximas a ele lembravam cenoura. Por isso, o objeto recebeu o mesmo nome do veículo lunar: Yutu, cujo significado é “Coelho de Jade”.
Lado afastado da Lua
Em janeiro de 2019, a China conduziu a primeira missão espacial a pousar no lado afastado da Lua. O rover Yutu-2, então, desceu pela rampa do módulo de pouso da missão Chang’e-4 e alcançou a superfície lunar.
O rover já percorreu mais de 1.000 metros utilizando seu radar de penetração de solo para investigar as camadas mais profundas da superfície lunar. Ele identificou rochas do manto lunar colocadas ali por uma colisão de um asteroide há bilhões de anos.
Programado para durar apenas três meses, o rover chinês vem superando todas as expectativas — incluindo a recente investigação do não mais misterioso “cubo lunar”.
Fonte: CNSA; Via ScienceAlert