Nacional
Os comunistas odeiam a Santa Missa
Rezemos – um Terço ao menos – em reparação à profanação da igreja de Nossa Senhora do Rosário
Arecente profanação da igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba (Brasil), por militantes de esquerda portando, inclusive, bandeira comunista, no último dia 5 de fevereiro, traz, uma vez mais, à mente dos fiéis católicos a seguinte constatação: o comunismo odeia a Santa Missa. Reflitamos sobre o assunto neste artigo.
O primeiro ponto – infelizmente pouco falado – é que houve, no ato dos invasores da Igreja, o pecado de sacrilégio. Sim, “o sacrilégio consiste em profanar ou tratar indignamente os sacramentos e as outras ações litúrgicas, bem como as pessoas, as coisas e os lugares consagrados a Deus. O sacrilégio é um pecado grave, sobretudo quando cometido contra a Eucaristia, pois neste sacramento o próprio Corpo de Cristo se nos torna substancialmente presente” (Catecismo da Igreja Católica n. 2120).
3 tipos
Há, pois, três tipos de sacrilégios: 1) o pessoal, atinge a quem ataca com violência física o Papa, os Bispos, os Sacerdotes, os Diáconos, bem como consagrados(as), pois vivem, em todo o seu ser, para o serviço de Deus, 2) o local, abrange quem invade igrejas, cemitérios, oratórios que tenham sido consagrados e o 3) o real, envolve quem profana objetos sagrados que servem ao culto divino ou à edificação espiritual do Povo de Deus. O mais grave sacrilégio é a profanação da Santíssima Eucaristia.
O segundo ponto a ser considerado é o valor inestimável da Santa Missa. Ela “é o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica n. 271).
Mais: a Eucaristia “torna presente e atual o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai na cruz, uma vez por todas, em favor da humanidade. O caráter sacrificial da Eucaristia se manifesta nas próprias palavras da instituição: ‘Isto é o meu corpo, que é dado por vós’ e ‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós’ (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e o oferente, diferente é apenas o modo de oferecer: cruento na cruz, incruento na Eucaristia” (idem n. 280).
Valor infinito da Santa Missa
Tem, portanto, a Santa Missa um valor infinito para atrair as graças divinas sobre a humanidade e frear os males – inclusive do comunismo sem Deus – sobre ela. Ora, os comunistas, via de regra, parecem saber disso, daí buscam, de todos os modos, atentar contra a Eucaristia, os sacerdotes e as igrejas.
É São Manuel González García (1877-1940), bispo espanhol, que viveu a perseguição comunista aos católicos do seu país, na década de 1930, quem nos confirma a existência desse ódio vermelho ao escrever: “O comunismo ateu que esteve a ponto de deixar a Espanha totalmente desolada, a quem perseguiu mais ou contra quem dirigiu com maior fúria seus tiros envenenados? Todos sabemos, porque vimos com os nossos próprios olhos. O principal, o mais odiado e perseguido inimigo do comunismo foi o Sacerdote e principalmente por sua Missa, por celebrar Missa. Provas? Pelo que eu mesmo tive oportunidade de ver, uma das coisas que mais padeceram o furor vermelho foi a ara, o altar, o cálice e o sacrário”.
E prossegue: “Quanto há para dizer sobre isso! Essa preferência do ódio comunista e selvagem contra a Missa não manifesta a importância e a gravidade, ainda que social, que os vermelhos viam em nossa Missa?” (Se vivêssemos nossas missas: opúsculo sobre o santo sacrifício da Missa. Jundiaí: Professio Fidei, 2021, p. 153-154).
Por tudo isso, rezemos – um Terço ao menos – em reparação à profanação da igreja de Nossa Senhora do Rosário e, com fé, peçamos todos os dias: “Do comunismo, livrai-nos, Senhor!”.
AUTOR
Vanderlei de Lima é eremita de Charles de Foucauld