Segurança Pública
Jovem aponta arma para cabeça de aluna na porta de escola
Caso aconteceu durante briga na entrada de instituição escolar no Distrito Federal
Uma jovem apontou uma arma na direção da cabeça de uma aluna, nesta terça-feira (22), durante uma briga na frente do Centro Educacional São Francisco, o CED Chicão, em São Sebastião, no Distrito Federal. O fato foi registrado por quem estava no local e o vídeo divulgado nas redes sociais.
As imagens mostram duas jovens discutindo quando, em determinando momento, uma delas abre a bolsa e puxa uma arma, apontando diretamente na cabeça da estudante, que recua. Alguns segundos depois ela decide guardar a arma na bolsa. Sobre o caso, a escola divulgou uma nota dizendo ser “inadmissível o ponto em que temos chegado no âmbito da educação”.
Estudantes, servidores e professores estão se sentindo acuados diante do descaso com a comunidade escolar – afirma a nota.
A escola ainda ressaltou que tem contado com a parceria do Batalhão Escolar da região, mas que a corporação tem reclamado “quanto ao efetivo disponível para toda a rede pública de ensino, sendo insuficiente para acompanhar as escolas”.
Cabe às autoridades instauradas no momento darem uma devolutiva de ações que possam ser tomadas para que minimamente desenvolvamos um trabalho em que possa sobrevalecer a vida das pessoas – ressalta a instituição.
Confira, na íntegra, a nota emitida pela escola:
“O ano de 2022 tem sido de muitas intercorrências para a educação. Temos sofrido com a superlotação de escolas, falta de monitores e educadores sociais, além de cortes de verbas fundamentais ao cotidiano para a manutenção da escola e também ligados ao transporte escolar.
Sabemos que em tempos de crise são necessários alguns ajustes. Porém, é inadmissível o ponto em que temos chegado no âmbito da educação.
Estudantes, servidores e professores estão se sentindo acuados diante do descaso com a comunidade escolar do Ced São Francisco. Precisamos urgentemente nos mobilizar como comunidade para que a educação não perca para a violência instaurada em São Sebastião.
A falta de recursos materiais e humanos compactua para um ambiente insustentável de manutenção de uma unidade escolar. Nossos jovens estão sofrendo com a falta de oportunidades e descasos com a educação, abrindo espaço para que a violência ocupe o cotidiano da educação.
A principal medida tem sido estabelecer uma comunicação mais efetiva com as forças policiais responsáveis pela área, além de ações que envolvam o Batalhão Escolar.
A parceria está sendo fundamental para coibir atos criminosos na região, porém a devolutiva, sobretudo por parte do Batalhão Escolar, tem sido de reclamação quanto ao efetivo disponível para toda a rede pública de ensino, sendo insuficiente para acompanhar as escolas.
Sabemos que em tempos de crise, como a que estamos vivendo, tende a aumentar os casos de violências em seus diversos aspectos. E, portanto, cabe às autoridades instauradas no momento darem uma devolutiva de ações que possam ser tomadas para que minimamente desenvolvamos um trabalho em que possa sobrevalecer a vida das pessoas.
A realidade instaurada nos causa medo e angústia, mas clamamos que as forças do bem possam compactuar para uma realidade em que os valores humanos criem relações e ambiente sustentáveis à vida.
Essa nota é de esclarecimento quantos às ações que, como unidade escolar, se limitam a serem pedagógicas, ou seja, cabendo trabalharmos aulas/projetos/palestras que contribuam para o desenvolvimento moral, cidadão e humano de nossos estudantes.
Entretanto, para a segurança de todos e todas, as medidas devem ser mais duras e incisivas, tanto por parte das forças de segurança quanto por parte da Secretaria de Educação que, urgentemente, precisa criar um ambiente de trabalho viável às pessoas que fazem acontecer o trabalho diário nas unidades escolares.
Direção escolar
Centro Educacional São Francisco”.