CONCURSO E EMPREGO
A gestão humanizada e o líder humanizado que vão MUDAR a relação das empresas com seus colaboradores!
A gestão humanizada faz toda diferença para o desenvolvimento de uma companhia na busca pela valorização da diversidade, um contato mais humanizado, procurando reconhecer quem trabalha ao seu lado.
A ideia é proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável, onde o colaborador tenha suporte emocional sempre que for necessário e o estímulo adequado, resultando em maior produtividade e num bom clima organizacional. Além de um relacionamento saudável dentro e fora da organização.
A gestão humanizada é um conceito que preza pelo maior cuidado com as subjetividades de cada um, mesmo que haja metas a serem batidas. O setor de RH tem papel fundamental na hora de implementar as melhores práticas para essa gestão mais próxima e empática.
Humanizar pressupõe liderança.
Parte desse processo de transição de conceitos passou também pela desconstrução parcial da velha ideia de hierarquia. O chefe é um modelo que tem gradativamente dado lugar ao líder, pessoa que se envolve mais com sua equipe e mantém uma postura mais empática.
Mais do que conduzir, dar ordens e cobrar resultados, na gestão humanizada o líder tem o papel de tentar entender como cada um está se desenvolvendo. Além disso, o líder também se mostra mais próximo dos seus colaboradores.
Gerir um alto número de pessoas requer conhecê-las mais a fundo. Isso é parte desse novo conceito, visto que só assim é possível perceber se estão bem, se há insatisfação, se o clima da empresa é bom e se o colaborador está presente na atividade que está exercendo.
Por isso é importante contar com uma liderança mais aberta e receptiva, que dê bons exemplos, é indispensável para que esse modelo de gestão funcione.
Afinal, de nada adianta a empresa pregar uma postura mais humanizada, se a liderança não estiver preparada para colocá-la em prática.
O RH tem o papel fundamental de preparar e apoiar os líderes ao longo de todo o processo, ajudando-os na valorização do capital humano.
Um Líder humanizado
Reconhece a importância do equilíbrio entre o “Ser” e o “dever”.
- Nem é chefe autoritário e nem é amigão.
- Ouve empaticamente sua equipe.
- Estimula as alternativas para que seus liderados encontrem soluções para os desafios e incentiva que cada um dê o melhor de si.
- Entendendo que todos estão em momentos diferentes de maturidade, experiência e desenvolvimento.
Sabe lidar e resolver conflitos.
- A pressão por resultados faz com que esse profissional tenha desafios complexos diariamente.
- Estar atualizado sobre metodologias e processos ajuda esse Líder a separar bem a razão da emoção e ajude sua equipe a chegar em soluções e resultados de excelência.
É curioso e encorajador de pessoas.
- Já passou o tempo em que o líder sabia mais do que a sua equipe.
- O poder hoje está na co-construção de soluções através de múltiplas potencialidades que só um time consegue ter.
- Ouvir os outros com curiosidade, estar em constante aprendizado.
- Criar ambientes encorajadores para discussão são características-chave de um bom líder.
- Acolher, cuidar e direcionar fazem parte das características de um líder humanizado.
Serve de exemplo e está a serviço do seu time e da empresa.
- Demonstra otimismo, assume responsabilidades, tem a mente aberta ao novo e motiva as pessoas.
- Equipes lideradas por líderes assim, tem saúde física, mental e aumento na produtividade.
Os pilares da gestão humanizada.
A gestão humanizada tem alguns pilares básicos de sustentação, para funcionar é necessário separar o trabalho em 4 etapas básicas, que serão também um guia para a implementação.
1. Observar as necessidades dos colaboradores e usar uma comunicação eficaz.
Observar as necessidades dos colaboradores e proporcionar uma comunicação eficaz estão entre os principais pilares da gestão humanizada.
Nesse primeiro momento será possível observar os colaboradores e suas demandas, entender as subjetividades de cada pessoa, suas necessidades diárias no ambiente de trabalho e como a empresa pode ajudar no desenvolvimento do colaborador.
Uma comunicação clara e horizontalizada, entre liderança e liderados, não apenas ajuda a reduzir diversos conflitos, como também contribui para a construção de relações mais humanas no trabalho.
Estar disponível para conversas e implementar uma cultura de feedback são algumas das ações que podem ser adotadas para tornar isso possível e resolver uma série de problemas corporativos, como o desencontro de informações e a falta de alinhamentos.
2. Aproximar e criar laços de confiança.
A aproximação também é fundamental, talvez a parte mais importante para criar uma conexão e uma relação de confiança entre gestores e colaboradores.
Ao aproximar os líderes dos seus liderados e contribuir para que um laço de confiança seja criado entre todos os membros da equipe, essa estratégia é um dos pilares fundamentais para que uma empresa cresça de forma sustentável e ganhe competitividade no mercado.
Os líderes têm importante papel nesses esforços, visto que os funcionários precisam sentir que podem contar com o seu líder e que o mesmo proporcione abertura para dar e receber feedback honesto e construtivo.
Criar um plano de ação para engajamento é uma excelente forma de iniciar um bom trabalho nesta frente.
3. Adaptação e ambiente de trabalho saudável.
A possibilidade de adaptação é um aspecto fundamental para que a gestão humanizada se sustente. Isso significa avaliar as ações constantemente e promover mudanças práticas, que melhorem cada vez mais a experiência dos colaboradores.
Ofereça boas condições de trabalho, essa é uma das premissas básicas para que os colaboradores se sintam valorizados e, principalmente, consigam exercer suas funções com mais empenho.
Isso inclui desde oferecer acesso à tecnologia de ponta e demais ferramentas necessárias para a execução de um bom trabalho, até evitar o acúmulo de funções e sobrecarga de atividades.
A empresa precisa estar aberta para se necessário, mudar processos e conceitos, sempre entendendo como isso impacta na gestão de pessoas.
Valorizar, reconhecer e cuidar do bem-estar dos colaboradores é imprescindível. É a partir do RH que se estabelece uma nova cultura organizacional, com mudanças de mentalidade que serão implementadas em cada área da empresa.
Os profissionais dessa área têm a capacitação para dar o suporte a gestores na hora de realizar essa fase de adaptação. A proposta de novas práticas, abordagens e a flexibilização de questões como horários estão diretamente ligadas a esse setor de RH.
O processo de onboarding também facilita muito a adaptação dos novos colaboradores, instruindo sobre a cultura da empresa, rotina e dinâmicas corporativas.
4. Líderes acessíveis e suporte emocional.
Para existir uma gestão humanizada os líderes precisam ser acessíveis, além de propiciarem uma aproximação respeitosa, uma comunicação não-violenta, dando abertura a ideias de melhoria contínua.
Uma boa comunicação interna traz mais proximidade entre integrantes da equipe e líderes, além de ajudar a identificar questões de saúde mental dos colaboradores e dar subsídios para ações que promovam qualidade de vida. Isso gera mais confiança e satisfação por parte de todos os envolvidos e tornam as empresas mais lucrativas.
Vale lembrar que a maioria dos problemas que geram má qualidade na saúde mental dos colaboradores nasce da má gestão, bem como de uma comunicação ineficiente.
Envolva o time nas decisões:
Humanizar também é integrar os colaboradores no processo de decisão, abrindo espaço para a colaboração e troca de ideias. Uma boa forma de colocar isso em prática e convidando a equipe para reuniões importantes e mantendo todos informados sobre as estratégias da empresa.
As vantagens que essa abordagem proporciona:
Redução do turnover.
A pressão excessiva e a falta de flexibilidade na relação com os funcionários torna o local hostil. Antes da gestão humanizada a cobrança era a única coisa que se sobressaía.
Esse cenário certamente nunca foi saudável, por isso muitos profissionais acabam pedindo demissão.
Alguns tomam essa decisão, mesmo sem ter nada certo em vista, simplesmente por não aguentarem mais como são tratados e cobrados, por vezes, sem a estrutura mínima necessária para dar conta das cobranças realizadas.
Para uma empresa, pode ser muito prejudicial perder um colaborador adaptado, com papel importante e já engajado com as metas. O problema maior é quando isso se torna ainda mais recorrente, gerando uma alta taxa de turnover.
Se a sua empresa tem uma gestão humanizada e mais empática, a tendência é ter funcionários mais felizes e muito mais comprometidos.
2. Aumento da produtividade.
Para que os colaboradores consigam entregar o seu melhor, quando o assunto é produtividade, é fundamental que eles recebam os estímulos adequados. É aí que entra a importância de uma gestão respaldada por pilares humanizados.
O alto número de demandas e a pressão por resultados, dentro de uma gestão pouco empática, que por vezes, utiliza de comunicação violenta ou simplesmente ignora as necessidades dos colaboradores, gera como consequência:
- Um número elevado de colaboradores ansiosos, com medo de errar e com baixa produtividade.
- Sem contar com a necessidade de retrabalho, além do aumento do número de afastamentos, pedidos de demissão e processos judiciais.
Para render bem, colaboradores precisam de suporte, treinamento e liberdade para trabalhar, sem sentir-se coagidos. Diante desses pontos, se existir satisfação com sua posição na empresa e um bom clima organizacional, o resultado será um nível maior de produtividade e felicidade no ambiente de trabalho.
3. Reconheça os esforços.
Reconhecer um bom trabalho é fundamental para motivar e reter talentos, pois demonstra que a empresa valoriza o empenho de seus funcionários.
Existem muitas ideias de reconhecimento que podem ser colocadas em prática, como, por exemplo: oferecer um bônus especial em dinheiro, comemorar marcos históricos (como o aniversário de empresa), presentear o colaborador com um passeio/viagem, entre outros.
4. Atração e retenção de talentos.
Toda empresa que preza por valorizar seus colaboradores e suas necessidades está sujeita a ser bem falada no mercado e desejada por despertar a atenção e o interesse de profissionais qualificados que buscam crescimento, valorização e desenvolvimento profissional.
Quem se prepara criando uma cultura de gestão humanizada desenvolve um ambiente mais receptivo a profissionais capacitados, que buscam uma posição em uma companhia mais flexível e humanizada e quando isso é encontrado a tendência é reter esses talentos.
Abrace a diversidade e inclusão.
Um estudo publicado na revista Harvard Business Review apontou que, nos locais onde a diversidade é reconhecida, os funcionários tendem a ser 17% mais engajados e dispostos a irem além das suas responsabilidades.
Isso acontece porque os colaboradores se sentem mais seguros, motivados e conectados aos seus propósitos quando fazem parte de uma empresa que respeita as diferenças e favorece a troca de experiências entre pessoas com perfis e experiências de vida diversas.
5. Impactos financeiros positivos.
Humanizar os processos aumenta o nível de satisfação do profissional com a atividade desempenhada na empresa e com a organização. Como acaba trabalhando melhor, a tendência é que os resultados também sejam mais interessantes. Ou seja, o colaborador se transforma em uma peça-chave para a lucratividade da companhia.
Além disso, a satisfação diminui os problemas de rotatividade e absenteísmo, o que também acaba impactando positivamente as finanças da companhia.
6. Equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
A empresa e seus gestores podem influenciar seus colaboradores positivamente. Por isso é importante incentivar as equipes a buscarem hábitos mais saudáveis, por meio da prática de exercícios, de alimentação balanceada, além de realizar consultas médicas periodicamente.
Outro ponto importante é incentivar e dar condições para que os trabalhadores aproveitem os fins de semana e feriados para descansar. Tudo isso faz parte de uma gestão mais humanizada.
Tem profissionais que se preocupam com a opinião dos gestores por não fazerem muitas horas extras, por não trabalharem no final de semana, quando não tem necessidade.
Uma gestão humanizada valorizará e incentivará os profissionais a serem produtivos no horário comercial para que todos possam aproveitar melhor os finais de semana e ter tempo de qualidade com a família.
7. Estimula a ética no trabalho.
Os líderes de uma gestão humanizada são conscientes que servem como exemplo para os liderados. Quem ocupa esse papel precisa assumir uma postura honesta, já que o capital humano será um reflexo desse posicionamento.
Logo, ao se posicionar como uma organização que valoriza e tem atitudes visivelmente pautadas por esse princípio, a tendência é ter um time que age de acordo com esses preceitos.
O respeito ao próximo, característica de uma gestão humanizada, contribui para esse processo. A ética é um valor que toda empresa deve ter em comum, por se tratar de uma característica imprescindível não só no contexto organizacional, mas em todas as relações humanas.
Resumindo:
Compreender que cada pessoa tem suas particularidades é uma das bases da gestão humanizada. Observar os colaboradores de perto e entender o que guia o comportamento deles é a chave para oferecer os incentivos que eles precisam para realizarem um bom trabalho.
A gestão humanizada é, portanto, um modelo que coloca os indivíduos no centro das decisões, de modo a garantir as melhores condições para que eles, de fato, desempenhem bem os seus papéis.
Esse modelo está preocupado com o bem-estar dos profissionais. Assim, reconhece a importância e a influência do meio organizacional na manutenção do equilíbrio entre a vida pessoal e a carreira.
O ciclo de demissões e novas contratações, custa caro. Por outro lado, a satisfação das equipes diminui esses gastos, aumentando sua lucratividade.
Foi nesse contexto que nasceu o conceito de gestão humanizada: o ato de adaptar os processos às necessidades do time de colaboradores.
Isso deve ser feito de uma forma que torne possível alcançar os resultados desejados e elevar os níveis de produtividade, sem sacrificar o bem-estar e a satisfação dos trabalhadores.
AUTORA