ECONOMIA
IPCA 2022: acompanhe a inflação mês a mês
Veja as variações mensais do indicador oficial da inflação no Brasil e entenda como ele mexe com o seu dinheiro
Em 2021, a inflação tomou conta do noticiário e pesou no bolso das pessoas de todo o mundo. No Brasil, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice oficial da inflação do país e, ao longo do ano, foi acumulando altas de dois dígitos. O IPCA 2022 vai continuar no mesmo ritmo?
A inflação faz o seu dinheiro valer menos, suas compras no mercado serem cada vez menores e suas contas ficarem cada vez mais apertadas. Ela é o “bichinho” que corrói o seu poder de compra – ou seja, você compra cada vez menos com o mesmo dinheiro.
Por isso, conhecer a inflação ajuda a entender por que o seu dinheiro não rende tanto quanto rendia antes.
IPCA 2022: inflação vai continuar subindo?
Os dados do IPCA 2022 serão atualizados aqui mensalmente.
Mês | IPCA mensal |
Janeiro | 0,54% |
Fevereiro | 1,01% |
Fonte: IBGE
Para o ano, a projeção ainda é de alta da inflação, segundo economistas consultados pelo Banco Central para o Boletim Focus.
No Boletim do dia 4 de março, o mercado projeta uma inflação de 5,65% para 2022 –bem acima da meta de 3,5% para 2022.
O que é o IPCA, afinal?
É um indicador da economia que revela o aumento de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pela população.
Ele mede a variação de preços de uma cesta consumida por quem recebe de um a 40 salários mínimos. Para calcular o índice, o IBGE acompanha os preços de nove grupos: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.
Como o nome diz, o IPCA é “amplo” e não leva em conta algumas especificidades de comportamento de consumo: afinal, quem ganha 40 salários mínimos não tem o mesmo padrão de consumo de quem ganha um salário mínimo.
Para entender a variação de preços de certos grupos de pessoas ou de setores, existem outros indicadores de inflação. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) é um deles. Ele pode ser considerado o segundo indicador de inflação mais importante do país.
Isso porque ele mede o aumento de preços de produtos e serviços de quem recebe de um até cinco salários mínimos. Além disso, ele é usado para reajustar o salário mínimo, benefícios do INSS e benefícios sociais.
IPCA 2021: inflação foi a maior desde 2015
Segundo dados do IBGE, a inflação medida pelo IPCA fechou 2021 em 10,06%, o maior índice desde 2015. O dado também ficou bem distante da meta estipulada pelo Banco Central, que era de 3,75% para o ano.
Veja abaixo como ficou o IPCA 2021 mês a mês, assim como o IPCA acumulado do ano.
Mês | IPCA mensal |
Janeiro | 0,25% |
Fevereiro | 0,86% |
Março | 0,93% |
Abril | 0,31% |
Maio | 0,83% |
Junho | 0,53% |
Julho | 0,96% |
Agosto | 0,87% |
Setembro | 1,16% |
Outubro | 1,25% |
Novembro | 0,95% |
Dezembro | 0,73% |
Acumulado do ano | 10,06% |
Fonte: IBGE
IPCA 2020
Confira a variação mensal de preços em 2020. Por causa da pandemia, o país chegou a ter deflação em abril e maio.
Mês | IPCA mensal |
Janeiro | 0,21% |
Fevereiro | 0,25% |
Março | 0,07% |
Abril | – 0,31% |
Maio | – 0,38% |
Junho | 0,26% |
Julho | 0,36% |
Agosto | 0,24% |
Setembro | 0,64% |
Outubro | 0,86% |
Novembro | 0,89% |
Dezembro | 1,35% |
Acumulado do ano | 4,52% |
Fonte: IBGE
A inflação nos últimos 20 anos
Veja o histórico da inflação anual desde 2001, segundo dados do IBGE.
Ano | IPCA acumulado |
2021 | 10,06% |
2020 | 4,52% |
2019 | 4,31% |
2018 | 3,75% |
2017 | 2,95% |
2016 | 6,29% |
2015 | 10,67% |
2014 | 6,41% |
2013 | 5,91% |
2012 | 5,84% |
2011 | 6,50% |
2010 | 5,91% |
2009 | 4,31% |
2008 | 5,90% |
2007 | 4,46% |
2006 | 3,14% |
2005 | 5,69% |
2004 | 7,60% |
2003 | 9,30% |
2002 | 12,53% |
2001 | 7,67% |
Fonte: IBGE