ESTADO
Primeira-dama do Estado anuncia exposição de peças de reeducandas LGBTQIAP+ no 34° Salão do Artesanato
A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, esteve, na manhã desta quarta-feira (30), na Penitenciária Desembargador Sílvio Porto, localizada no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Na ocasião, ela conheceu o Ateliê Benvenutty – Arte que Liberta, espaço inaugurado semana passada para capacitar reeducandas da comunidade LGBTQIAP+, e anunciou que a produção será exposta e comercializada já no 34° Salão do Artesanato, que ocorrerá de 10 a 30 de junho, em Campina Grande.
O Ateliê Benvenutty – Arte que Liberta foi inaugurado na última quinta-feira (24) e recebeu esta denominação em homenagem a Fernanda Benvenutty, mulher trans, militante em Direitos Humanos, fundadora e presidente da Associação das Travestis da Paraíba (Astrapa). O espaço integra os numerosos projetos de ressocialização e humanização existentes nas unidades prisionais do Sistema Penitenciário Paraibano.
Ao se dirigir às reeducandas, Ana Maria Lins enfatizou: “O Governo do Estado não medirá esforços para cumprir a sua política de inclusão, oferecendo oportunidades para que cada uma de vocês tenha condições de voltar a conviver plenamente em sociedade. Para isso, temos uma cadeia do bem, com todos os setores do Governo envolvidos: Programa do Artesanato, a própria Seap, a Secretaria de Educação, por exemplo”, afirmou.
“Além de humanizar as unidades prisionais, um ambiente tenso por natureza, esses projetos oferecem dignidade, concretizada para que essas reeducandas tenham, quando saírem daqui, condições de ganharem o seu sustento”, prosseguiu Ana Maria Lins.
O secretário de Estado da Administração Penitenciária (Seap), Sérgio Fonseca, agradeceu a visita da primeira-dama dama ao projeto desenvolvido no Sílvio Porto. “A visita da primeira-dama Ana Maria Lins representa um grande estímulo para todos nós que participamos desses projetos de ressocialização, inclusive as reeducandas. Simboliza a política de inclusão adotada pelo governador João Azevêdo”, disse.
A secretária de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Lídia Moura, também destacou que a visita da primeira-dama representa um estímulo. “A primeira-dama Ana Maria Lins sempre tem nos apoiado nesses projetos, as parcerias entre a Secretaria da Mulher e Diversidade Humana com a Seap. Além do mais, a vinda de Ana Maria Lins demonstra o apoio do Governo, do governador João Azevêdo e ela se somando a todas essas ações que tão bem fazem à sociedade”, disse.
O gerente executivo de Ressocialização da Seap, João Rosas, ressaltou a importância da parceria com o PAP. “É um momento de muita alegria receber a visita da primeira-dama a este projeto. Ana Maria Lins sempre deu oportunidade de inclusão social, principalmente por meio do Programa do Artesanato, tão bem conduzido por Marielza Rodriguez”, comentou.
Por sua vez, a gestora do PAP, Marielza Rodriguez, evidenciou que a existência de um estande no Salão do Artesanato Paraibano representa a política de inclusão do Governo do Estado. “A exposição no Salão dessas peças de qualidade desenvolvidas por meio de projetos como Castelo de Bonecas e, agora, Ateliê Benvenutty representa o compromisso do governador João Azevêdo e da presidente de Honra do PAP, Ana Maria Lins, com o social, mas também com a cultura”, ressaltou.
As peças confeccionadas no Ateliê Benvenutty – Arte que Liberta serão expostas e comercializadas no 34° Salão do Artesanato Paraibano, que ocorrerá de 10 a 30 de junho em Campina Grande com o tema “Bordados que contam histórias”.
A visita da primeira-dama do Estado, Ana Maria Lins, foi prestigiada ainda pelo diretor do Sílvio Porto, Gilberto Rio; pelo vice-diretor da unidade prisional, Ivan Gonçalves; e pela diretora da Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, Cinthya Almeida.
Além da inclusão – O projeto de ressocialização Ateliê Benvenutty – Arte que Liberta oferece, além do sentimento de inclusão, dignidade às reeducandas. No espaço, serão desenvolvidas oficinas de empreendedorismo, corte e costura, macramê, confecção de sandálias personalizadas, fuxico e crochê, entre outras atividades.
Ao visitar o ateliê, Ana Maria Lins conheceu pessoas que erraram, mas que estão empenhadas em conseguir uma oportunidade, como é o caso de “Luana”. Presa por homicídio, a reeducanda viu no projeto a possibilidade de mostrar que uma outra vida é possível. “Primeiramente, estou muito feliz com a visita da primeira-dama, oportunidade de agradecer o que estamos recebendo e de dizer que queremos ser melhores”, comentou.
A professora de fuxico Odaísa Aires não tem dúvidas de que as alunas conhecidas há pouquíssimo tempo desejam mudar. “Nesses primeiros contatos, todas elas muito atenciosas, querendo aprender, perguntando muito. Essa curiosidade é de quem quer levar a coisa a sério”, disse.
“Essa iniciativa abre espaço para o empoderamento, oferece a oportunidade de elas ajudarem seus familiares e também contribui para remição da pena”, finalizou a primeira-dama do Estado, Ana Maria Lins.