Secretaria da Mulher realiza evento para discutir violência de gênero na política 

Como enfrentar a violência de gênero na política? Este é o tema do evento a ser ralizadopela Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, nesta quinta-feira (31), às 9h, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PB), em João Pessoa. O evento encerra a programação do 8 de Março das Mulheres, promovido pelo Governo do Estado, durante todo o mês de março, com ações culturais, de formação e capacitação educativas.
 
O caso do assassinato da vereadora Marielle Franco será analisado pela secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, e pelo jornalista e escritor Hélder Moura, que abordarão em palestras os impactos do caso numa persceptiva de gênero. A advogada e professora universitária Laura Berquó vai discutir sobre o tema com análises sobre as razões para o sigilo processual nas investigações criminais em casos de homicídios no Brasil. 
 
O evento contará com a presença de Fátima Solange, prima e integrante do Coletivo Sementes de Marielle Franco, que participará do lançamento do Memorial Itinerante Marielle Vive, organizado pelo Coletivo Sementes em parceria com a Semdh. 
 
Violência política contra mulheres – A secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura,  disse que o assassinato de Marielle Franco – no último dia 14 de março completaram-se quatro anos – é considerado um caso emblemático de violência política contra muheres. “Apenas duas pessoas foram presas, mas não chegaram aos mandantes. A impunidade incentiva este tipo de violência”, afirma.
 
De  acordo com o Relatório Mundial sobre a Desigualdade de Gênero de 2020, uma das conclusões é que a política continua como área onde existe maior desigualdade de gênero. Na análise sobre o Brasil, em estudo compilado pelo Fórum Econômico Mundial, é afirmado que: “a falta de atribuição de poder político às mulheres é o quesito que mais atrapalha o desempenho global do Brasil”. 
 
Segundo Lídia Moura, este evento presta homenagem à família de Marielle Franco com a organização do memorial itinerante com fotos cedidas pela família. “As mulheres são submetidas a todos os tipos de violência, desde a física até a moral. Quando ousam em fazer diferente são desvalorizadas e mortas, como foi o caso de Marielle Franco”, disse.