CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Transformação digital é prioridade para metade dos varejos brasileiros
Aumento das vendas e do engajamento dos clientes estão entre os principais benefícios da digitalização do varejo, diz estudo da SBVC
O varejo brasileiro tem aumentado seus esforços em transformação digital. Segundo o estudo “Transformação Digital no Varejo Brasileiro”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) em parceria com OasisLab Innovation Space, 87% das empresas entrevistadas afirmam ter ações de transformação de seus negócios, sendo que em 44% delas o investimento já supera 1% do faturamento bruto.
Para 50% dos entrevistados, a Transformação Digital se tornou prioridade estratégica, com investimentos e ações definidas. O estudo entrevistou executivos dos maiores nomes do varejo brasileiro, em 10 diferentes segmentos, com faturamento de até R$ 100 milhões anuais a acima de R$ 3 bilhões anuais.
“O varejo deixou de ser um setor pouco intensivo em tecnologia. Hoje, coletar e analisar dados para personalizar o relacionamento e melhorar a experiência do cliente é visto como necessário para o crescimento”, afirma Eduardo Terra, Presidente da SBVC.
Entre os principais benefícios que as empresas buscam ao investir em tecnologia e inovação estão o aumento das vendas (87%), o aumento do engajamento dos clientes (76%) e a expansão do tráfego web/mobile (50%).
Já as principais áreas de investimento são o omnichannel (41%) e e-commerce (21%). “São áreas que foram aceleradas nos últimos dois anos pela pandemia, mas a Transformação Digital vai muito além: é uma mudança de mindset das empresas, que passam a colocar o cliente como foco de suas ações”, avalia Terra.
Na pesquisa, 41% das empresas varejistas apontam que mudar a cultura organizacional é principal dificuldade no processo de transformação digital. Metavero também aparece no radar dos investimentos para 32% das empresas ouvidas.
Na análise do presidente da SBVC, os dados do estudo sugerem que a Transformação Digital do varejo está cada vez mais madura.
“As mudanças culturais e de comportamento que vieram à tona com a pandemia levaram o varejo a se tornar mais ágil, adotando metodologias típicas de startups, desenvolvendo times horizontais e se apoiando tecnologia para vencer os desafios”.