CONCURSO E EMPREGO
PNAD Contínua Trimestral: desocupação cai em 22 das 27 UFs no segundo trimestre de 2022
A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2022 foi de 9,3%, recuando 1,8 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre de 2022 (11,1%) e caindo 4,9 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2021 (14,2%). Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em 22 das 27 Unidades da Federação, mantendo-se estável nas outras cinco.
As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%), e as menores, de Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%).
A taxa de desocupação por sexo foi de 7,5% para os homens e 11,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2022. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (9,3%) para os brancos (7,3%) e acima para os pretos (11,3%) e pardos (10,8%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (15,3%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 9,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,7%).
No segundo trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 21,2%. Piauí (42,3%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (37,4%) e Bahia (34,9%). As menores taxas de subutilização ficaram com Santa Catarina (7,0%), Mato Grosso (10,1%) e Rondônia (11,2%).
O número de desalentados no segundo trimestre de 2022 foi de 4,3 milhões de pessoas. O maior número estava na Bahia (612 mil desalentados). O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo tri de 2022 foi de 3,8%. Maranhão (14,8%) e Alagoas (13,7%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,4%) e Mato Grosso (1,2%), os menores.
O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,3%. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%) e os menores, no Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 26,2%. Os maiores percentuais eram do Amapá (35,7%), Rondônia (35,3%) e Amazonas (35,0%) e os menores, do Distrito Federal (20,1%), Mato Grosso do Sul (22,6%) e São Paulo (23,2%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,0% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (61,8%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (57,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,2%), São Paulo (31,1%) e Distrito Federal (31,2%).
O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.652, mantendo estabilidade frente ao primeiro tri de 2022 (R$ 2.625) e caindo 5,1% ante o mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.794). Frente ao primeiro trimestre de 2022, as cinco grandes regiões apresentaram estabilidade. Já em relação ao segundo trimestre de 2021, Nordeste, Sul e Sudeste apresentaram queda do rendimento médio.
Taxa de desocupação recua em 22 UFs e fica estável nas outras cinco
Frente ao 1º trimestre de 2022, a taxa de desocupação caiu em 22 Unidades da Federação e ficou estável nas demais UFs. Destaque para Tocantins, que saiu de 9,3% para 5,5%; Pernambuco (de 17,0% para 13,6%) e Alagoas (14,2% para 11,1%).
Taxa de desocupação, por UF, frente ao trimestre anterior (%) – 2° trimestre de 2022
UF | 1T 2022 | 2T 2022 | situação |
---|---|---|---|
Distrito Federal | 12,6 | 11,5 | ⇥ |
Amapá | 14,2 | 11,4 | ⇥ |
Ceará | 11,0 | 10,4 | ⇥ |
Rondônia | 6,9 | 5,8 | ⇥ |
Mato Grosso | 5,3 | 4,4 | ⇥ |
Santa Catarina | 4,5 | 3,9 | ↓ |
Paraná | 6,8 | 6,1 | ↓ |
Espírito Santo | 9,2 | 8,0 | ↓ |
Rio Grande do Sul | 7,5 | 6,3 | ↓ |
Mato Grosso do Sul | 6,5 | 5,2 | ↓ |
São Paulo | 10,8 | 9,2 | ↓ |
Brasil | 11,1 | 9,3 | ↓ |
Bahia | 17,6 | 15,5 | ↓ |
Paraíba | 14,3 | 12,2 | ↓ |
Rio Grande do Norte | 14,1 | 12,0 | ↓ |
Maranhão | 12,9 | 10,8 | ↓ |
Minas Gerais | 9,3 | 7,2 | ↓ |
Goiás | 8,9 | 6,8 | ↓ |
Sergipe | 14,9 | 12,7 | ↓ |
Rio de Janeiro | 14,9 | 12,6 | ↓ |
Amazonas | 13,0 | 10,4 | ↓ |
Roraima | 8,8 | 6,2 | ↓ |
Acre | 14,8 | 11,9 | ↓ |
Piauí | 12,3 | 9,4 | ↓ |
Pará | 12,2 | 9,1 | ↓ |
Alagoas | 14,2 | 11,1 | ↓ |
Pernambuco | 17,0 | 13,6 | ↓ |
Tocantins | 9,3 | 5,5 | ↓ |
PI tem a maior taxa de subutilização (42,3%) e SC a menor (7,0%)
No 2° trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 21,2%. O Piauí (42,3%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (37,4%) e Bahia (34,9%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (7,0%), Mato Grosso (10,1%) e Rondônia (11,2%).
Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 2° trimestre de 2022
AP tem a maior proporção de conta própria (35,7%) e DF a menor (20,1%)
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 26,2%.
Os maiores percentuais foram do Amapá (35,7%), Rondônia (35,3%) e Amazonas (35,0%) e os menores, do Distrito Federal (20,1%), Mato Grosso do Sul (22,6%) e São Paulo (23,2%).
Percentual de pessoas ocupadas como conta própria, por UF (%) – 2° trimestre 2022
UF | Valor |
---|---|
Distrito Federal | 20,1 |
Mato Grosso do Sul | 22,6 |
São Paulo | 23,2 |
Goiás | 23,5 |
Minas Gerais | 24,5 |
Paraná | 24,7 |
Tocantins | 24,7 |
Mato Grosso | 25,1 |
Santa Catarina | 25,5 |
Alagoas | 25,6 |
Espírito Santo | 25,6 |
Rio Grande do Sul | 25,8 |
Sergipe | 26,0 |
Brasil | 26,2 |
Roraima | 26,5 |
Rio Grande do Norte | 26,8 |
Rio de Janeiro | 26,9 |
Ceará | 27,9 |
Paraíba | 29,1 |
Bahia | 29,2 |
Piauí | 29,8 |
Acre | 30,3 |
Maranhão | 31,4 |
Pernambuco | 32,2 |
Pará | 33,8 |
Amazonas | 35,0 |
Rondônia | 35,3 |
Amapá | 35,7 |
Menor percentual de trabalhadores com carteira é do PI (46,6%) e o maior, de SC (87,4%)
No 2º trimestre de 2022, 73,3% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (58,4%) e Nordeste (56,8%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 25,1% tinham carteira de trabalho assinada no país.
Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%) e os menores, no Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%).
Percentual de empregados COM carteira entre os empregados do setor privado, por UFs (%) –
2º trimestre 2022
UF | Valor |
---|---|
Piauí | 46,6 |
Maranhão | 47,8 |
Pará | 51,0 |
Paraíba | 54,6 |
Sergipe | 55,8 |
Ceará | 55,8 |
Bahia | 56,7 |
Roraima | 57,4 |
Tocantins | 62,2 |
Pernambuco | 62,6 |
Rio Grande do Norte | 63,1 |
Alagoas | 63,7 |
Acre | 63,7 |
Amazonas | 64,7 |
Amapá | 66,7 |
Rondônia | 70,5 |
Goiás | 71,7 |
Espírito Santo | 72,5 |
Brasil | 73,3 |
Minas Gerais | 74,2 |
Mato Grosso do Sul | 76,2 |
Mato Grosso | 76,3 |
Rio de Janeiro | 77,2 |
Distrito Federal | 77,6 |
Rio Grande do Sul | 80,7 |
Paraná | 80,9 |
São Paulo | 81,0 |
Santa Catarina | 87,4 |
Frente ao trimestre anterior, rendimento fica estável em todas as regiões
O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 2.652, mantendo estabilidade frente ao 1º tri de 2022 (R$ 2.625) e queda de 5,1% em relação ao mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.794). Na comparação com o 1º trimestre de 2022, todas as Regiões apresentaram estabilidade. Já em relação ao 2º trimestre de 2021, as regiões Nordeste, Sul e Sudeste apresentaram queda do rendimento médio.
A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, foi estimada em R$ 255,7 bilhões de reais, registrando crescimento tanto em relação ao trimestre anterior (R$ 244,9 bilhões de reais) quanto frente ao 2º trimestre de 2021 (R$ 244,0 bilhões de reais).
PA tem a maior taxa de informalidade (61,8%) e SC, a menor (27,2%)
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,0% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (61,8%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (57,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,2%), São Paulo (31,1%) e Distrito Federal (31,2%).
Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e Trabalhador familiar auxiliar.
Taxa de informalidade da população ocupada, por UFs (%) – 2º trimestre de 2022
UF | Valor |
---|---|
Pará | 61,8 |
Maranhão | 59,4 |
Amazonas | 57,7 |
Piauí | 56,1 |
Bahia | 53,1 |
Pernambuco | 52,9 |
Ceará | 52,8 |
Paraíba | 52,2 |
Sergipe | 52,0 |
Amapá | 51,4 |
Rondônia | 50,4 |
Acre | 48,2 |
Roraima | 47,9 |
Rio Grande do Norte | 46,3 |
Alagoas | 45,2 |
Tocantins | 41,7 |
Espírito Santo | 40,1 |
Brasil | 40,0 |
Goiás | 39,5 |
Minas Gerais | 38,7 |
Mato Grosso | 37,2 |
Rio de Janeiro | 36,5 |
Mato Grosso do Sul | 34,3 |
Rio Grande do Sul | 32,8 |
Paraná | 32,2 |
Distrito Federal | 31,2 |
São Paulo | 31,1 |
Santa Catarina | 27,2 |
Mais sobre a pesquisa
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.
Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone desde 17 de março de 2020. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante. Consulte os dados da PNAD no Sidra.
Fonte: IBGE