AGRICULTURA & PECUÁRIA
Veja como o relatório do USDA influenciou o preço da soja no Brasil
Contratos com entrega em setembro fecharam com alta de 14,75 centavos ou 0,97% a US$ 15,35 por bushel
Os preços da soja caíram nas principais praças de comercialização do Brasil, o dia foi de volatilidade em Chicago e de forte queda do dólar em relação ao real.
Apesar das cotações mais baixas, o mercado interno negociou lotes pontuais. Analistas de Safras & Mercado estimam que, na semana, a comercialização tenha ficado entre 150 e 200 mil toneladas.
Cotações mercado doméstico
- Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos caiu de R$ 186,50 para R$ 184,50
- Região das Missões: a cotação recuou de R$ 186,00 para R$ 184,00
- Porto de Rio Grande: o preço diminuiu de R$ 192,00 para R$ 191,00
- Cascavel (PR): o preço passou de R$ 187,50 para R$ 179,50
- Porto de Paranaguá (PR): a saca desvalorizou de R$ 194,00 para R$ 190,50
- Rondonópolis (MT): a saca baixou de R$ 173,00 para R$ 172,50
- Dourados (MS): a cotação recuou de R$ 175,00 para R$ 173,00
- Rio Verde (GO): a saca passou de R$ 170,00 para R$ 168,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em alta. A sessão foi de muita volatilidade, mas a preocupação com o clima seco nos Estados Unidos suplantou a pressão exercida pelo relatório baixista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na parte final das negociações.
O relatório de agosto do (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,531 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 123,3 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 51,9 bushels por acre. Em julho, as indicações eram de 4,505 bilhões de bushels – 122,6 milhões de toneladas – e 51,5 bushel, respectivamente. O mercado apostava em número de 4,471 bilhões de bushels ou 121,7 milhões de
toneladas.
Os estoques finais estão projetados em 245 milhões de bushels ou 6,67 milhões de toneladas. Em julho, o número era de 230 milhões de bushels ou 6,26 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 227 milhões ou 6,18 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,245 bilhões de bushels e exportação de 2,155 bilhões. No mês passado, a previsão era de 2,245 bilhões e de 2,135 bilhões, respectivamente.
O relatório projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 392,8 milhões de toneladas. Em julho, a projeção era de 391,4 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 101,41 milhões de toneladas, contra 99,61 milhões de toneladas de julho. O mercado esperava por estoques finais de 99,2 milhões de toneladas.
Safra norte-americana
A projeção do USDA aposta em safra americana de 123,6 milhões de toneladas, contra 122,6 milhões em julho. A safra brasileira foi indicada em 149 milhões e a argentina em 51 milhões de toneladas, sem alterações. A China deverá importar 98 milhões de toneladas, sem mudança na previsão.
Em relação à temporada 2021/22, a produção global está estimada em 352,74 milhões de toneladas, com estoques finais de 89,73 milhões. O mercado projetava carryover de 88,9 milhões de toneladas.
A estimativa para a safra brasileira foi mantida em 126 milhões e a previsão para a Argentina permaneceu em 44 milhões. O número para a importação chinesa ficou em 90 milhões de toneladas, repetindo julho.
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 14,75 centavos ou 0,97% a US$ 15,35 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 14,54 1/4 por bushel, com ganho de 5,75 centavos de dólar ou 0,39%.
Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 8,20 ou 1,79% a US$ 464,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 69,53 centavos de dólar, com ganho de 0,23 centavo ou 0,33%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,66%, sendo negociado a R$ 5,0740 para venda e a R$ 5,0720 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0640 e a máxima de R$ 5,1640. Na semana o dólar caiu 1,82%.