AGRICULTURA & PECUÁRIA
Soja: preços no Brasil encerram semana com variação negativa
Contratos futuros negociados em Chicago fecharam com preços em forte baixa
Os preços da soja oscilaram de estáveis a mais baixos no Brasil nesta sexta-feira (23). Em Rondonópolis, o ajuste do preço foi pontual. O dólar concedeu certo suporte às cotações, mas a queda em Chicago foi determinante.
Assim, o mercado brasileiro fechou a semana com variação negativa nas principais praças de comercialização. Os negócios observados foram apenas “da mão para a boca”, movimentando algo entre 150 mil e 200 mil toneladas. Os números são considerados baixos em relação a outros meses.
Veja os preços nas principais praças:
- Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos caiu de R$ 181,00 para R$ 179,00
- Região das Missões: a cotação decresceu de R$ 180,00 para R$ 178,00
- Porto de Rio Grande: o preço recuou de R$ 189,00 para R$ 187,00
- Cascavel (PR): o preço seguiu em R$ 180,00
- Porto de Paranaguá (PR): a saca estabilizou em R$ 186,50
- Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 167,00 para R$ 169,00
- Dourados (MS): a cotação passou de R$ 175,00 para R$ 172,00
- Rio Verde (GO): a saca baixou de R$ 169,00 para R$ 167,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em forte baixa, quase zerando os ganhos acumulados na semana. Novembro fechou o período com valorização de 0,54%. O clima de aversão ao risco no financeiro, com o temor de uma recessão global, foi o principal motivador da baixa de hoje.
O petróleo despencou mais de 5%, puxando as demais commodities para o território negativo. O dólar subiu frente a outras moedas, tirando competitividade dos produtos de exportação dos Estados Unidos. Fundos e especuladores se desfizeram de posições, procurando opções mais seguras.
Além disso, o mercado sente a pressão sazonal da maior oferta, com o avanço da colheita nos Estados Unidos. No Brasil, o clima contribui para o início do plantio, aumentando a expectativa favorável em relação à colheita sul-americana.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 31,25 centavos ou 2,14% a US$ 14,25 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 14,31 3/4 por bushel, com perda de 31,50 centavos de dólar ou 2,15%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 5,60 ou 1,3% a US$ 423,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 63,28 centavos de dólar, com perda de 2,78 centavo ou 4,18%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 2,64%, sendo negociado a R$ 5,2480 para venda e a R$ 5,2460 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1710 e a máxima de R$ 5,2660. Na semana, o dólar caiu 0,23%.