CIÊNCIA & TECNOLOGIA
De olho em órfãos do Twitter pré-Musk, Instagram irá lançar concorrente
O Instagram se prepara para lançar plataforma concorrente à rede
De olho em órfãos do Twitter pré-Musk, Instagram se prepara para lançar plataforma concorrente à rede do passarinho. Saiba por que empresas como Apple e Samsung proíbem empregados de usar o ChatGPT e outras notícias do mercado nesta segunda-feira (22).
INSTAGRAM TAMBÉM QUER CONCORRER COM TWITTER
Publicações com até 500 caracteres, fotos e vídeos de até cinco minutos, além de curtidas, respostas, republicações e mensagens privadas. O Instagram está desenvolvendo um serviço concorrente ao Twitter e deve lançá-lo em junho, de acordo com a Bloomberg.
Informações divulgadas por Lia Haberman, uma das testadoras da nova plataforma da Meta, indicam que os usuários do app poderão trazer os seguidores da rede social de fotos e o selo de verificação, se houver.
A plataforma de texto da Meta será descentralizada, ou seja, ela permitirá interação com contas e publicações de outras redes sociais abertas -modelo semelhante ao email.
Um dos benefícios dessa tendência é relativo à privacidade dos dados dos usuários, que não podem ser vendidos a anunciantes, por exemplo.
Disputa pelos “órfãos do velho Twitter”: a iniciativa da Meta se junta a de outras empresas que lançaram redes semelhantes à plataforma comandada Elon Musk.
Desde que foi comprada pelo bilionário, a rede reduziu cerca de 80% de seus funcionários, perdeu receita relevante com anunciantes e esteve no centro de uma série de polêmicas.
Veja plataformas que tentam conquistar usuários insatisfeitos com o Twitter sob Musk (clique sobre o nome delas para criar uma conta ou entrar na lista de espera):
Bluesky: a rede do cofundador do Twitter Jack Dorsey ainda está em versão de teste e aceita usuários apenas por convite. Ela também é descentralizada e tem algumas semelhanças com a rede do passarinho. O blog #Hashtag, da Folha, fez o teste da plataforma.
Mastodon: permite a publicação de vídeos, fotos e textos de até 500 caracteres em uma linha do tempo. Também é descentralizada e agora oferece a opção de se cadastrar na plataforma, além do recurso original de aderir a servidores -que são espécies de comunidades temáticas.
Substack Notes: o serviço de newsletters permite que os usuários publiquem breves atualizações e que outras pessoas aprovem, repostem ou respondam a elas.
Artifact: app criado por fundadores do Instagram, oferece um feed de notícias e textos selecionados por IA (inteligência artificial), em um algoritmo parecido com o do TikTok -mas sem as dancinhas.
POR QUE EMPRESAS PROÍBEM USO DE CHATBOTS
Uma série de multinacionais tem proibido seus funcionários de usarem o ChatGPT e outros chatbots no trabalho. A preocupação de empresas como Apple, Samsung e vários bancos americanos é com um possível vazamento de dados confidenciais.
O que explica: ao utilizarem a plataforma de IA para facilitar ou agilizar parte do trabalho, os funcionários acabam entregando informações sensíveis ao chatbot.
O modelo de linguagem do ChatGPT e de outros sistemas de IA geradora utiliza as informações que os usuários fornecem para ir treinando e aperfeiçoando a plataforma -algo que não existe em um motor de busca como o Google, por exemplo.
A Open AI, dona do chatbot mais popular do mundo, afirma em seu site que descarta os dados armazenados pelo ChatGPT a cada 30 dias e que é possível baixar um relatório das informações guardadas pela empresa.
A startup diz que trabalha em uma solução voltada a negócios para permitir desligar o treinamento da IA sem abrir mão do histórico.
Veja aqui algumas empresas que baniram plataformas de IA geradora.
Mais sobre o tema:
O colunista Ronaldo Lemos fala sobre os três estigmas de Sam Altman, fundador da OpenAI que veio ao Brasil na semana passada.
Problema com ChatGPT é dar ideia de competência onde não há, diz pesquisador.
IA muda roupa e limpa cenário em foto para o LinkedIn, mas sofre com bugs.
Aliança inteligente e votos escritos por robô: como são as cerimônias de casamento high-tech.
Enquanto 7 em cada 10 funcionários gostariam de manter o trabalho híbrido, uma proporção semelhante de empregadores prefere ter mais gente no escritório.
De um lado, os empregados não querem abrir mão da economia de tempo que têm quando não precisam se deslocar até o trabalho.
Do outro, as empresas ainda se mostram reticentes com a manutenção da produtividade com o trabalho remoto.
Em números: um levantamento de novembro do ano passado da Mercer Brasil aponta que 76% das empresas ainda se sentem inseguras quanto à perda de produtividade no trabalho híbrido ou totalmente remoto, 66% reclamam de excesso de reuniões, e 51% falam que é difícil acompanhar profissionais iniciantes.
Qual a solução? Negociação, segundo especialistas.
Cada empresa e funcionário deve avaliar o que funciona melhor para seu caso, e é importante que o empregador mantenha uma escuta ativa e abandone decisões tomadas de cima para baixo.