CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Rastreamento indesejado: Como AirTags podem espionar e como se proteger
As AirTags da Apple oferecem uma função interessante em relação ao rastreamento e envio da localização exata de objetos importantes, mas um fator ligado a isso já está amedrontando os usuários.
A possibilidade de rastrear não só objetos, mas também pessoas levou a uma série de registros no ano passado, nos Estados Unidos. Mulheres, principalmente, se sentiram espionadas e relataram os casos à polícia.
De 150 boletins de ocorrência, 50 foram de mulheres que perceberam que ex-maridos, ex-namorados e até ex-chefes estavam por trás da espionagem mediante o uso de AirTags.
Esse tipo de situação até parece coisa de filme, mas não. É o retrato exato do desvio de finalidade de uma tecnologia criada, especialmente, para monitorar objetos. De toda forma, fica o receio no ar: o que fazer nesse tipo de caso?
Atenção para a resposta!
Se você suspeita que está sendo espionado por uma AirTag ou ainda não tem total certeza, saiba que existem alguns indícios que ajudam nessa confirmação.
O primeiro passo é ficar atento ao sinal de bip do dispositivo. As AirTags costumam emitir um som fraco sempre que passam um tempo longe do aparelho ao qual elas estão conectadas.
A próxima etapa é utilizar o próprio smartphone, seja Android ou iPhone, para ativar a função “Localizar” nas configurações. Isso é válido também para os iPads.
Assim que você ativar esse recurso, o celular ficará de olho em qualquer dispositivo ou AirTag que tenha feito algum “movimento” ou despertado um interesse suspeito em relação a sua localização.
Identifiquei, e agora?
Se depois disso você conseguiu descobrir a espionagem, copie o número de série do dispositivo. A Apple poderá te ajudar a identificar a pessoa responsável, a partir de uma consulta rápida no site.
Esse tipo de conduta configura assédio, e assédio é crime. Portanto, não deixe passar em branco ou longe do conhecimento policial. Denuncie o ocorrido e evite a continuidade dessas situações.