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SÓ EM RONDÔNIA — Presidente da FIERO, Marcelo Thomé, nunca foi industrial
Se um trabalhador sem qualificação for a uma indústria a procura de emprego certamente retornará para casa sem sucesso no seu intento, porém, no estado de Rondônia uma situação no mínimo curiosa se tornou alvo de debate entre a população, o fato do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia — FIERO, Marcelo Thomé, nunca ter sido de fato um industriário.
Recém-empossado para desempenhar seu terceiro mandato à frente da federação que representa as indústrias rondonienses, Thomé já desempenhou cargos políticos de nomeação paralelamente ao seu trabalho na FIERO.
Tomé jamais foi responsável pela gestão de qualquer indústria no estado de Rondônia e muito do seu sucesso em três eleições da FIERO se deu justamente pela influência e livre trânsito que ele goza entre os poderosos.
Essa falta de gabarito de Thomé fica exposta na redução sequencial da presença do sistema FIERO na sociedade, já que em tempos áureos a FIERO era um grande agente qualificador e profissionalizante, inserindo jovens e adultos no mercado de trabalho em todo o Estado.
Indo na corrente contrária de federações como de São Paulo e Rio de Janeiro, que articulam em pé de igualdade com os seus representantes políticos, a FIERO demonstra subserviência e oportunismo em várias de suas ações.
É necessário que órgãos de fiscalização abram o olho para o que vem acontecendo numa entidade que um dia figurou entre as maiores parceiras do Estado.