Saúde
Exame de ultrassom agora portátil e sem fios
Sensor de ultrassom sem fios, com a sonda colocada na artéria carótida.
Ultrassom portátil e sem fios
Este dispositivo, inteligente e totalmente sem fios, que adere à pele, usa ultrassons para rastrear continuamente sinais vitais críticos, como frequência cardíaca e pressão arterial.
Essa tecnologia é tida como uma verdadeira revolução no monitoramento da saúde, mas a maioria dos protótipos apresentados até agora precisa de fios e baterias para alimentar os aparelhos e transmitir os dados de ultrassom, exigindo que o usuário permaneça conectado fisicamente a um sistema de controle.
“A tecnologia descrita aqui representa um progresso necessário e essencial no campo do ultrassom vestível, potencialmente realizando a promessa de monitoramento remoto de ultrassom para qualquer número de condições de saúde. O verdadeiro impacto dos adesivos de ultrassom vestíveis ainda não foi totalmente realizado porque as iterações descritas anteriormente não são sem fios e limitam a capacidade dos usuários de tocar suas vidas diárias,” observou o professor Muyang Lin, do Instituto Nacional de Imagem Biomédica e Bioengenharia (EUA).
Até hoje, a tecnologia do ultrassom, que usa ondas sonoras de alta frequência e seus ecos para formar imagens de tecidos dentro do corpo, tem sido tradicionalmente limitada à clínica. Este dispositivo sem fios muda isso.
Uma visão da sonda de ultrassom e do interior do circuito.
Monitoramento contínuo
O sistema é composto por uma sonda, um circuito e uma bateria. Como foi projetado com foco na saúde cardiovascular, a sonda de ultrassom foi colocada na artéria carótida para os primeiros testes. A sonda é acoplada a um circuito flexível, que ativa os transdutores de ultrassom, coleta os ecos do ultrassom, amplifica e filtra esses ecos e transmite o sinal digitalizado para um terminal. Todo o sistema é alimentado por uma bateria de polímero de lítio recarregável comercial.
Mas a equipe já foi além do monitoramento das funções cardiovasculares, demonstrando que o adesivo pode ser aplicado no abdômen, para monitoramento do diafragma, ou nos membros, para monitoramento da artéria periférica.
Um sistema embutido de inteligência artificial interpreta os dados, permitindo que cada aparelho seja reconfigurado para seu usuário. O funcionamento foi atestado em uma amostra pequena de dez voluntários de três grupos raciais.
“Validar nosso adesivo em uma população maior é um próximo passo crucial. Estamos trabalhando para validar nosso sensor em relação aos dispositivos médicos existentes,” disse Lin.