ECONOMIA
Haddad: Com 6 meses de governo, ainda estamos longe de estarmos com tudo resolvido
Após seis meses de governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou comentar sobre as desconfianças ou os elogios do mercado à sua atuação à frente da Pasta. Ele admitiu que o governo ainda está muito longe de resolver todos os obstáculos da Economia.
“Não será fácil recolocar o Brasil em uma trilha de desenvolvimento sustentável, do ponto de vista fiscal, ambiental e social. Mas, na minha opinião, está à mão. Temos total condição de fazer esse País voltar a crescer de forma sustentável. Esse semestre foi bom, mas cumprimos 10% ou 20% da nossa agenda. Não vamos poder baixar a guarda”, afirmou, em entrevista ao portal Metrópoles.
O ministro ainda brincou com as críticas também de parte da esquerda – e do próprio PT – a algumas medidas da Fazenda. “Uma parte da direita não quer pagar imposto, e uma parte da esquerda não faz questão de receber: ‘a gente faz déficit’. É preciso encontrar um equilíbrio. É óbvio que o Brasil tem graus de liberdade que um país frágil não tem, mas não é verdade que tem toda a liberdade”, completou.
Déficit primário
Haddad disse que o Tesouro continua trabalhando com objetivo de déficit primário de 1% do PIB em 2023. Ele comentou que, apesar da revisão para cima do déficit apresentada na semana passada pelo Tesouro e Ministério da Planejamento – a projeção foi para R$ 145,4 bilhões -, a equipe econômica continua a perseguir um patamar de 1% do PIB.
Ele ponderou o dissabor com o Carf, mas se mostrou otimista em relação ao atingimento do objetivo de primário.