Segurança Pública
Família de paraibano esquartejado em Alagoas nega que jovem usava drogas
Testemunhas disseram em depoimento que Moab tinha ido comprar drogas quando sumiu
Novos detalhes surgiram sobre o assassinato do jovem paraibano Moab Nóberga, de apenas 17 anos, ocorrido no mês passado em Maragogi, Alagoas. Segundo depoimentos de testemunhas à polícia, Moab tinha saído de casa para comprar drogas momentos antes de seu desaparecimento. A informação foi confirmada pelo delegado Antônio Nunes em entrevista ao portal g1 Alagoas nesta terça-feira (1º).
O delegado informou que amigos de Moab, incluindo aquele que o acompanhou da Paraíba para Alagoas, afirmaram em depoimento que eram usuários de drogas, e que Moab também fazia uso dessas substâncias. Segundo os relatos, no dia em que desapareceu, ele teria ido até uma “boca de fumo” para comprar drogas e não retornou.
O corpo de Moab foi encontrado esquartejado em uma estrada do Povoado Barra Grande, em Maragogi. O local onde o cadáver foi achado não é considerado o mesmo lugar onde o assassinato ocorreu, indicando que o corpo foi possivelmente movido após o crime.
Moab Nóberga havia chegado a Alagoas há menos de um mês, após decidir trabalhar como ambulante no ramo de comercialização de redes no litoral alagoano. Sua escolha por Maragogi como destino foi intermediada por um “agenciador”, um colega da Paraíba que costuma levar pessoas para trabalhar na região.
No entanto, a família do jovem contesta a versão apresentada pelas testemunhas. Um familiar que preferiu não se identificar afirmou que a história de que Moab usava drogas foi implantada pelo agenciador.
“Moab não usava drogas, viveu esse tempo todo aqui conosco na Paraíba e nunca teve nenhum tipo de problema com a polícia. Aí ele vai para Alagoas, em menos de 15 dias é morto e esquartejado? Um crime bárbaro como esse! O que devemos questionar aqui é a fala desse agenciador, que levou ele para Maragogi, qual interesse ele tem em dizer tudo isso à polícia? Quem ele está tentando confundir?”, declarou o familiar.
Segundo os parentes, o agenciador também era paraibano e convenceu Moab a abandonar sua vida anterior e tentar uma nova experiência no litoral alagoano. No entanto, mesmo após duas semanas em Alagoas, o adolescente já demonstrava o desejo de retornar para casa. Poucos dias antes de sua morte, ele havia comunicado a intenção de voltar à Paraíba.
O caso continua sendo investigado pelas autoridades, e a família de Moab espera que os responsáveis pelo crime sejam identificados e punidos.
Fonte: Portal T5