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Ex-diretor da ABIN desperta ira de parlamentares de esquerda ao apontar “estranha coincidência” em CPMI
O ex-diretor da ABIn, Delegado Ramagem, provocou indignação entre os membros de esquerda da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) ao destacar uma ‘estranha coincidência’ e fazer graves acusações a um fotógrafo. Durante o depoimento do fotógrafo Adriano Machado, o Delegado Ramagem ressaltou o tratamento diferenciado dado ao depoente em comparação a outros repórteres que cobrem manifestações, com base na ideologia de cada veículo de imprensa ou membro da mídia.
Confira detalhes no vídeo:
Ramagem comparou as declarações do fotógrafo, que afirmou ter presenciado momentos de extrema tensão e ter recebido ameaças, com as imagens apresentadas pelo senador Izalci Lucas. Essas imagens mostravam o fotógrafo capturando momentos tranquilamente e cumprimentando os invasores. Ramagem comentou: “Não consigo encontrar uma correspondência com as imagens mostradas aqui. O que observamos é que você auxiliou, influenciou, participou, e até dirigiu uma cena de dano ao patrimônio público.” O Delegado enfatizou que o jornalista agiu de maneira cortês e cooperativa com os invasores.
As tensões aumentaram quando Ramagem destacou a curiosa coincidência do jornalista estar presente e em uma posição privilegiada em duas ocasiões: durante a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em 12 de dezembro de 2022 e dentro do Palácio Presidencial, em frente ao gabinete presidencial, em 8 de janeiro. O tumulto se seguiu quando Ramagem declarou: “É impressionante, essa coincidência de apenas você estar presente nesses momentos privilegiados.” Ramagem questionou o fotógrafo, descobrindo que ele não foi preso dentro do palácio nem depois, nem mesmo durante o incidente na Esplanada dos Ministérios. O fotógrafo confirmou que não foi investigado nem convocado pela polícia como testemunha ocular. Ramagem fez uma comparação com uma jornalista que foi presa por compartilhar imagens de 12 de dezembro e continua sob custódia. Ele comentou: “Ela não participou, não se envolveu em nenhum ato de vandalismo. Ela ainda está presa até hoje.”