Internacional
Técnicos deixam superpetroleiro Safer Tanker após transferência de petróleo
Quantidade de combustível retirada do navio abandonado para o substituto chega a 1,1 milhão de barris; atividades até o final da operação no Mar Vermelho estão avaliadas em US$ 22 milhões
A equipe que estabilizou o superpetroleiro decadente Safer Tanker, no Mar Vermelho, deixou o local nesta segunda-feira, após transferir mais de 1,1 milhão de barris de petróleo para um navio substituto.
Uma embarcação multifuncional transportou os profissionais envolvidos na operação para um ancoradouro até que seja instalada uma boia especializada. Dois barcos de apoio também deixaram a área.
Prevenir um grande derramamento de petróleo
Para a ONU, a etapa terminada foi crucial para prevenir um grande derramamento de petróleo. Um eventual acidente teria sido causado por um vazamento ou pela destruição do Safer Tanker.
O superpetroleiro não recebe manutenção há oito anos
No entanto, a conclusão da operação precisa ainda US$ 22 milhões, que seriam adicionados aos US$ 121 milhões já doados por representantes de países, do sector privado e público global.
As Nações Unidas destacam a meta de evitar uma catástrofe humanitária, ambiental e econômica no Mar Vermelho e dizem contar ainda com a generosidade global para encerrar a missão crítica.
A implementação do chamado Projeto de Salvamento Mais Seguro é liderada pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.
Reboque e reciclagem do Safer Tanker
Para a agência, a colaboração de parceiros ajudou a evitar um cenário com repercussões gigantescas em níveis do meio ambiente, da economia e da ação humanitária.
Além da instalação de uma boia especializada para encostar os dois navios, ficam ainda por realizar tarefas como armazenar o petróleo de forma segura, o reboque e a reciclagem do Safer Tanker. O superpetroleiro não recebe manutenção há oito anos.
Desde 2015, a água do mar penetrou na casa de máquinas, danificando tubulações e aumentando a possibilidade de afundar o navio abandonado, de acordo com as Nações Unidas.
Em comunicado lançado no início da operação, em junho, o secretário-geral António Guterres enfatizou a importância do apoio global à operação essencial para evitar uma catástrofe ambiental e humanitária.