Esporte
Bruno Lage lamenta empate, agradece apoio de torcedores do Botafogo e minimiza hostilidade: ‘Maneira como me tratam é indiferente’
Após empate, treinador valoriza forma como botafoguenses vêm apoiando o Glorioso
O técnico Bruno Lage lamentou o empate em 1 a 1 do Botafogo diante do Goiás na noite desta segunda-feira (2). Em entrevista coletiva na sala de imprensa no Nilton Santos, o treinador reconheceu que a equipe tem de encontrar alternativas mas, especialmente, valorizou a presença dos torcedores, independentemente de terem o chamado de “burro”.
Lage ainda explicou o motivo de ter aplaudido a torcida enquanto saía do gramado ouvindo as ofensas.
Eu estou agradecendo o fato de eles continuarem a apoiar a equipe. Eu não tenho duas caras, não sou hipócrita. Foi o meu agradecimento do meu apoio à equipe. Depois, a forma como eles me tratam é completamente indiferente. Eu preferia que fosse outra situação, mas temos que conseguir resultados. A nossa vida de treinador é essa. O homem que estava aqui sentado antes de mim (Luis Castro) também chamaram do que chamaram. Faz parte desta profissão. Se eu não me sentissse confortável nessa profissão, ficaria treinando meninos de 9, 10 anos – e frisou:
– Por isso, desde que apoiem a equipe, para mim é mais que suficiente. Estádio cheio, esgotado. Tenho pena que tenham quebrado o nosso jogo, e muitas coisas que aconteceram no segundo tempo – completou.
O treinador falou sobre a torcida.
– Meu agradecimento especial é aos torcedores. Conquistamos um ponto, queríamos conquistar três, mas a palavra é dirigida a eles pelo apoio que nos deram no sábado passado e hoje, um dia difícil de vir, uma segunda-feira à noite, em uma casa difícil. Mas eles empurraram a equipe para o resultado – declarou.
Lage também falou sobre a opção de ter lançado Diego Costa como titular.
– Não substituímos Tiquinho por um jogador qualquer. Diego Costa é um jogador experiente, já foi um jogador campeão brasileiro, veio da Premier League. A alteração vem em função de tudo. O próprio Tiquinho recentemente falou que vem de uma contusão difícil, complicada. Nos últimos jogos, não vimos o Tiquinho que conhecemos. Com isso, optamos pelo Diego. Nada de retirar mérito a Tiquinho, temos de encontrar soluções a cada momento – afirmou.
O treinador também traçou um panorama sobre a partida e de como tenta adequar a equipe ao seu favoritismo.
– O jogo do Botafogo é de muita velocidade, time que em dois e três jogos chega muito rápido à meta adversária. O que isso nos diz? Que a equipe está tendo mais dificuldade para chegar à meta adversária. Nesse momento as equipes percebem que se nos derem transição ofensiva na qual nos sentidos muito bem, terão mais problemas. Por isso, não conseguiremos marcar o gol tendo dez adversários em frente à área. Temos de ir ao encontro disso e controlar o jogo – e destacou:
– Na primeira parte, sentimos isso. Uma equipe muito fechado, espaços nas nossas costas. Oferecemos transição ao adversário. Aquele gol não concebemos como sofremos aquele gol na primeira trave no canto, mas a equipe soube reagir e acho que criamos oportunidades. Curiosamente, duas ou três pelo Diego Costa. A primeira bola, aos 15 minutos, que é quase um pênalti, não é um gol que ele costuma perder. Poderia ter sido outro resultado – completou.