Saúde
Coração digital: Gêmeo digital do coração facilita tratamentos cardíacos
Um modelo matemático e computacional do coração humano para estudar a doença arterial coronariana
Coração digital
Cientistas italianos desenvolveram um “gêmeo digital” do coração, um modelo computacional e matemático que promete avançar muito o estudo das doenças cardíacas.
O que torna único esse novo simulador, batizado de iHEART, é a sua capacidade de combinar os complexos processos de eletromecânica, hemodinâmica e perfusão cardíaca em uma única plataforma. Este nível de integração oferece uma precisão biofísica sem precedentes na simulação da função cardíaca e, por decorrência, das doenças relacionadas.
A equipe já testou o modelo digital na análise de doenças arteriais coronarianas, como isquemia e infarto agudo do miocárdio.
Entre outros resultados, o coração digital permitiu identificar fatores-chave no aparecimento e na manutenção de arritmias.
Segundo a equipe, isto demonstra que a “matemática cardíaca” é capaz de apoiar e consolidar o estudo eletrofisiológico na localização de áreas de intervenção na parede cardíaca.
Além disso, algoritmos cada vez mais rápidos estão sendo estudados e estão em fase avançada de desenvolvimento, prometendo viabilizar esse tipo de análise em tempo real, o que deverá agilizar significativamente o processo de decisão cirúrgica. A simulação matemática já faz parte da fase pré-operatória e tem sido considerada pelos médicos como uma ferramenta eficaz na orientação das muito delicadas cirurgias cardíacas.
A equipe já demonstrou a funcionalidade do seu modelo para orientar os cirurgiões cardíacos na remoção de parte do septo interventricular, para tratamento da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, e na terapia de ressincronização cardíaca.