Saúde
Implantes ficam resistentes a infecções graças à impressão 3D
A equipe pretende chegar a 99% de eliminação das infecções bacterianas nos implantes.
Implante anti-infecção
Um novo implante cirúrgico conseguiu matar 87% das bactérias que causam infecções por estafilococos em testes de laboratório, permanecendo forte e compatível com o tecido circundante, como os implantes atuais.
A colonização bacteriana dos implantes é uma das principais causas dos maus resultados após a cirurgia.
A expectativa é que este novo material permite um melhor controle das infecções em cirurgias comuns, como as realizadas para implantação de próteses de quadril e joelho, realizadas diariamente em todo o mundo.
“A infecção é um problema para o qual não temos solução,” disse o professor Amit Bandyopadhyay, da Universidade do Estado de Washington (EUA). “Na maioria dos casos, o implante não tem poder defensivo contra a infecção. Precisamos encontrar algo onde o próprio material do dispositivo ofereça alguma resistência inerente – mais do que apenas fornecer controle de infecção baseado em medicamentos. Aqui estamos dizendo: Por que não mudar o próprio material e ter resposta antibacteriana inerente do próprio material?”
Usando tecnologia de impressão 3D, os pesquisadores adicionaram 10% de tântalo, um metal resistente à corrosão, e 3% de cobre, à liga de titânio normalmente usada em implantes. Quando as bactérias entram em contato com a superfície de cobre do material, quase todas as suas paredes celulares se rompem.
Enquanto isso, o tântalo estimula o crescimento celular saudável com os ossos e tecidos circundantes, levando a uma cura rápida para o paciente. Os pesquisadores dedicaram três anos a um estudo abrangente do implante, avaliando as suas propriedades mecânicas, biologia e resposta antibacteriana tanto em laboratório como em modelos animais.
Antes de passar para os testes em humanos, contudo, eles pretendem chegar a 99% de eliminação das bactérias.