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PCC planejou ataques contra Lira, Pacheco e atentado com bomba contra Moro
Em uma grande operação, o Primeiro Comando da Capital (PCC) despachou uma equipe para Brasília, com o alvo direcionada ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Financiando todos os aspectos da missão, a facção investiu aproximadamente R$ 44 mil em estadia, celulares, aluguéis, seguro, IPTU, mobília, transporte e até mesmo eletrodomésticos. Explosivos também foram descobertos, indicando um plano de atentado a bomba contra o senador Sérgio Moro (União-PR).
A revelação desses planos veio à tona por meio de um relatório do Ministério Público de São Paulo, encaminhado à Polícia Federal em 23 de novembro de 2023. Tanto Lira quanto Pacheco foram alertados e receberam cópias do documento, cuja publicação foi feita pela Folha de S. Paulo e pelo Estadão.
Janerson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, encabeçou o plano, deslocando três membros da Sintonia Restrita do PCC, responsável por ataques a autoridades e resgates de presos, para a capital federal. Os participantes identificados nesse esquema criminoso incluem Sandro dos Santos Olimpio (Cisão), Felipe e Neymar. As prestações de contas da Sintonia Restrita à Sintonia Final da facção revelam uma “missão no Distrito Federal”, com o aluguel de um imóvel por R$ 2,5 mil mensais para servir como base de apoio, e anotações sobre transporte por aplicativo para buscar terrenos em 29 de maio.
O financiamento desse plano provinha do caixa da FM da Baixada, encarregada da venda de drogas na Baixada Santista. A descoberta desse possível atentado contra os líderes do Legislativo ocorreu durante a investigação do plano contra o senador Sérgio Moro, resultando na prisão de nove pessoas, incluindo Nefo. Material apreendido revelou imagens das residências oficiais dos presidentes da Câmara e do Senado, capturadas em 29 de novembro de 2022, indicando levantamentos detalhados das autoridades da República pela cúpula do PCC.
A Polícia Federal também detalhou o planejamento, preparação e execução projetada do atentado contra Moro, cuja coordenação ficou a cargo de Nefo. Em uma casa utilizada pelo grupo em Curitiba, em 19 de julho, foram encontrados explosivos e materiais para acionamento remoto, incluindo 26 rompedores de rocha, 31 iniciadores elétricos e uma maleta de acionamento eletrônico, que seriam usados no atentado.