Saúde
Por que diminuir o sódio não reduz a hipertensão de todos os pacientes?
Também sabemos que a hipertensão é diferente em homens e mulheres.
Sódio e hipertensão
Cientistas descobriram uma maneira de prever quais pacientes responderão aos tratamentos de pressão arterial para reduzir o sódio no corpo.
Alguns medicamentos para hipertensão atuam na redução do sódio – e posteriormente do volume sanguíneo – no corpo.
Embora muitas pessoas tenham uma predisposição genética para hipertensão arterial, que é desencadeada ou exacerbada por uma dieta moderna rica em sal, algumas não respondem bem ao tratamento que reduz o sódio porque, para essas pessoas, o sal não é um fator significativo na sua hipertensão.
Como a hipertensão desencadeia uma cascata de eventos que resultam em riscos graves à saúde, é importante identificar esses pacientes para que eles possam se beneficiar de outros tratamentos, por exemplo, de terapias que visem outros aspectos biológicos do seu risco genético.
Também sabemos que a hipertensão é diferente em homens e mulheres.
É só fazer um exame
O que a equipe descobriu é que é possível identificar esses pacientes menos suscetíveis aos tratamentos de redução do sódio mediante um exame simples de urina, medindo os eletrólitos presentes no líquido corporal. Os dados mostraram que tanto os eletrólitos na urina quanto o risco genético explicam igualmente os efeitos das terapias para baixar a pressão arterial.
“A maneira como as pessoas respondem aos medicamentos é diferente. Podemos medir o risco genético de um indivíduo desenvolver pressão arterial elevada em relação aos sistemas fisiológicos responsáveis – incluindo rins, coração ou músculo liso – e então direcionar os medicamentos com precisão,” explicou o professor Murray Cairns, do Instituto de Pesquisa Médica Hunter (Austrália).
A conclusão da equipe é que os dados mostram que o risco genético nas vias de sódio e de potássio pode ser utilizado em um modelo de medicina de precisão para direcionar intervenções mais específicas no tratamento da hipertensão. Será necessário agora testar essa indicação mediantes estudos de intervenção comparativos.