Saúde
Opas reporta aumento na atividade de vírus respiratórios nas Américas desde 2023
Braço da OMS na região alerta para subida significativa de SARS-CoV-2 e vírus respiratórios nas Américas, com foco na América do Norte, Andes, Cone Sul e Brasil; agência recomenda vigilância intensa, fortalecimento da resposta e vacinação contínua
A Organização pan-americana da Saúde, Opas, emitiu uma atualização epidemiológica sobre a situação dos vírus respiratórios nas Américas. Desde o final de agosto de 2023, os países da região observaram um aumento significativo na atividade do SARS-CoV-2 e de outros vírus respiratórios, que foi particularmente notável na América do Norte, países andinos e do Cone sul e Brasil.
A atualização, publicada nesta quarta-feira, fornece recomendações para manter a vigilância e fortalecer a resposta dos sistemas de saúde, especialmente diante dos surtos atuais de outras doenças transmissíveis.
Doenças respiratórias agudas
Em 2023, foram registrados níveis elevados de doenças respiratórias agudas na região, impulsionados pela circulação do SARS-CoV-2, influenza e vírus sincicial respiratório.
Atualmente, o Hemisfério norte está passando por epidemias dos três vírus esperados no inverno, enquanto alguns países do Hemisfério sul estão enfrentando incidências maiores do que o esperado para a temporada, devido à circulação do coronavírus.
Circulação de vírus
A atividade do SARS-CoV-2 permaneceu em níveis intermediários a altos nas últimas quatro semanas epidemiológicas registradas. Na Argentina, a porcentagem de infecções aumentou nesse período e no Brasil a circulação do vírus permanece em níveis altos, embora com uma diminuição.
No Chile, a atividade permaneceu muito alta, com um aumento de gripe acima do limite epidêmico. No Paraguai, a circulação do coronavírus continua em níveis moderados, seguindo a tendência de aumento. A infecção respiratória aguda grave está diminuindo para níveis epidêmicos, com a maioria dos casos atribuíveis ao SARS-CoV-2
Recomendações
A Opas recomenda que os Estados-membros mantenham a vigilância dos vírus respiratórios para detectar quaisquer mudanças na circulação ou gravidade da doença e estejam preparados para responder a um possível aumento de casos e hospitalizações.
O braço da OMS nas Américas ainda sugere que os esforços para aumentar a vacinação contra influenza e Covid-19 continuem, especialmente em populações vulneráveis e de alto risco.