AGRICULTURA & PECUÁRIA
Veja os preços da soja após o relatório do USDA
Para órgão norte-americano, safra brasileira será de 157 milhões de toneladas e a da Argentina de 50 milhões de toneladas
O mercado brasileiro de soja teve queda nos preços na semana. Durante a sexta-feira, foi possível observar o registro de muitos preços nominais, como em Rondonópolis, Mato Grosso.
O comprador segue pressionando o vendedor com tudo que pode, buscando acessar
preços mais baixos. Além disso, as negociações foram praticamente vazias, com todos os agentes retraídos na comercialização.
Veja as cotações da saca de 60kg
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 124 para R$ 123
- Região das Missões: subiu de R$ 116,50 para R$ 123
- Porto de Rio Grande: diminuiu de R$ 128 para R$ 127
- Cascavel (PR): decresceu de R$ 115 para R$ 112
- Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 126 para R$ 112
- Rondonópolis (MT): declinou de R$ 121 para R$ 107
- Dourados (MS): foi de R$ 113 para R$ 107
- Rio Verde (GO): recuou de R$ 116 para R$ 111
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos.
As operações foram direcionadas pelo relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que surpreendeu negativamente e colocou pressão sobre as cotações.
O mercado operou próximo da estabilidade até a divulgação do USDA. Logo após o Departamento indicar estoques dos EUA e mundiais, produção dos Estados Unidos e estoques trimestrais acima do esperado, os contratos registraram perdas acima de 2%.
O corte na safra brasileira também foi considerado tímido e a previsão de produção da Argentina superou as expectativas.
Ao longo da parte final da sessão, no entanto, o mercado foi se ajustando e reduzindo as perdas. Mas a previsão de clima favorável no Brasil segue sendo um fator de pressão sobre as cotações.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 12,25 centavos de dólar, ou 0,99%, a US$ 12,24 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,35 3/4 por bushel, com perda de 12,25 centavos ou 0,98%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 0,10 ou 0,02% a US$ 362,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 48,25 centavos de dólar, com baixa de 0,47 centavo ou 0,96%.
Relatório do USDA
O relatório indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 113,35 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,6 bushels por acre.
No relatório anterior, a previsão era de 4,129 bilhões ou 112,37 milhões de toneladas. O mercado apostava em 4,123 bilhões de bushels ou 112,2 milhões de toneladas.
Os estoques finais estão projetados em 280 milhões de bushels ou 7,62 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 239 milhões de bushels ou 6,5 milhões de toneladas.
Em dezembro, a previsão era de 242 milhões ou 6,58 milhões de toneladas.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 398,98 milhões de toneladas. Em dezembro, a previsão era de 398,88 milhões. Os estoques finais foram elevados de 114,2 milhões para 114,6 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 112,2 milhões de toneladas.
A safra brasileira foi projetada em 157 milhões de toneladas, com corte de 4 milhões de toneladas sobre a estimativa anterior. Para a Argentina, a previsão é de produção de 50 milhões de toneladas, com alta de 2 milhões de toneladas. O mercado esperava número de 156,3 milhões para o Brasil e de 48,9 milhões para a Argentina.
Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1o de dezembro, totalizaram 3 bilhões de bushels de bushels. O volume estocado recuou 1% na comparação com igual período de 2022. O número ficou acima da expectativa do mercado, de 2,982 bilhões de bushels.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,40%, sendo negociado a R$ 4,8556 para venda e a R$ 4,8536 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8314 e a máxima de R$ 4,8778. Na semana, a moeda teve desvalorização de 0,32%.