Esporte
Tiago Nunes elogia atuação do Botafogo com equipe repleta de jovens: ‘Grande reforço’
Tiago Nunes gostou do que viu em campo na vitória do Botafogo sobre o Bangu, por 2 a 0, no Estádio Nilton Santos. O técnico alvinegro elogiou o desempenho dos jovens jogadores e considera um “reforço”.
A avaliação é positiva. Não tenho intenção de individualizar, criamos situações para fazer mais de dois gols, pouco sofremos defensivamente, fomos bem consistentes, mantivemos bom padrão, boa estrutura. Foi um desafio tático para uma equipe que nunca jogou junto, deu boa resposta, dentro de todo o contexto, de calor, estreias, falta de entrosamento, da melhor parte física. Ganhamos fôlego e tempo para continuar preparando a equipe a médio e longo prazo.
O Botafogo teve a estreia de dois garotos: Kauê e Jefferson. Tiago Nunes também considerou positivo o desempenho da dupla.
– Futebol não se resume só aos gols, são determinantes, validam resultado. Mas tenho que avaliar outros fatores, individualidades, como o jogador se associa dentro de campo, com suas conexões no setor, como entende o jogo. Fico satisfeito com o que foi apresentado hoje, porque, além do componente normal do jogo de futebol, tínhamos meninos estreando, como Kauê e Jefferson pelo Botafogo, mais alguns que pela primeira vez iniciaram o jogo. São circunstâncias diferentes que vamos oportunizando, fazendo com que demonstrem sua capacidade de entender como é jogar nesse grande clube – avaliou o técnico
COMO ADMINISTRAR OS PRÓXIMOS JOGOS?
– Penso que vamos alternando conforme a resposta física. Hoje tínhamos jogadores que jogaram o último jogo ainda com dores musculares e não tinham completado a recuperação para entrar no jogo. Estamos treinando nesse momento com parte do grupo (no estádio), mas vou ver como eles se recuperam porque alguns jogaram muito bem e esses talvez possam iniciar. Se mantermos essa rotina de atuação e resultado, vamos conseguir estender a nossa preparação talvez para 30 ou 40 dias, que é um prazo ideal dentro do contexto brasileiro.
ESQUEMA TÁTICO
– Hoje foram dois zagueiros de origem e um volante pelo lado de campo, que facilita a saída. Quando se fala em linha de três, eu posso jogar com um zagueiro, um volante ou um lateral, ou dois laterais e um zagueiro. Existe uma série de oportunidades iniciando o jogo e dentro da própria partida.
– Se pegar na nossa fase de construção, não é com três, e temos criado uma variação para dar repertório para a equipe e ter alternativas na temporada. A linha de quatro ela é bem mais usual, com jogadores mais acostumados. Penso que a linha com três ou com cinco é muito mais complexa de acertar rodagens, pressão, subida de pressão, comportamentos e conexões táticas, que exigem inteligência tática. É uma ferramenta, alternativa, e acho que conseguimos criar situações de gols nesses dois primeiros jogos dessa maneira, além de sermos poucos agredidos. E isso me dá confiança para continuar, mas logicamente vou alternar isso ao longo da temporada e adequar a cada partida.
“BOTAFOGO A” E “BOTAFOGO B”
– Existem times que optaram por usar um segundo time e estão fazendo preparação separada, longe do Carioca. Não é a nossa condição atual, não temos condições de ter dois elencos. E encontramos a melhor maneira para gerenciar esse torneio e potencializar a nossa preparação dando minutos a todos. Não vou utilizar essa linha de titulares e reservas, por mais que o grupo que jogou contra o Madureira (na estreia do Carioca) seja formada por remanescentes e reforços.
– Penso que vamos alternando segundo a resposta física. Hoje tínhamos jogadores que jogaram o último jogo ainda com dores musculares e não tinham completado a recuperação para entrar no jogo. Estamos treinando nesse momento com parte do grupo, mas vou ver como eles se recuperam porque alguns jogaram muito bem e esses talvez possam iniciar. Se mantermos essa rotina de desempenho e resultado, vamos conseguir estender a nossa preparação talvez para 30 ou 40 dias, que é um prazo ideal dentro do contexto brasileiro.
MATHEUS NASCIMENTO
– Vou ser bem objetivo com o Matheus. É um jogador que tem muita qualidade técnica, que realmente tem potencial incrível, mas é consequência de um processo mal gerido a longo prazo. Isso não é de agora, de um, dois anos, mas de muito antes. Um menino que sobe com 16 anos e não consegue ter continuidade de jogos, fica em um limbo, não tem número suficiente de partidas para se desenvolver. E gera uma expectativa enorme, de todo planeta. E ele foi ficando no meio do processo, não conseguiu atingir a titularidade ou até mesmo a sequência no Botafogo porque é natural que o jogador jovem precise ter números de jogos na sua categoria nesse processo de transição para ir aos poucos ganhando espaço. E, tampouco, um salto para ser vendido ou ir para outro projeto.
– Estamos tentando retomar o tempo, e aos poucos dar treinamento e uma carga de treino física, técnica e emocional para ele administrar. Foi o cara da Seleção da categoria dele durante um tempo e já não era mais o cara do Botafogo. E na minha avaliação particular, atrapalhou o processo de desenvolvimento dele, que tem potencial, mas ainda não atingiu o melhor rendimento dele, a melhor versão dele. E vamos ver como as circunstâncias vão se apresentar. Se ele continuar desenvolvendo o que faz nos treinos, vai ter mais minutos, mas é uma disputa saudável entre ele, Tiquinho e Janderson. Meu papel é tentar ser o mais juntos possível.