Internacional
Moçambique é exemplo na luta contra o terrorismo, diz ONU
Secretário-geral destaca ações contraterrorismo executadas em níveis regional e bilateral no norte do país; discurso em reunião de comitê global sobre o tema propõe que o combate a esses atos esteja ancorado no desenvolvimento sustentável inclusivo e nos direitos humanos
As Nações Unidas realizam a partir desta terça-feira a 10ª Reunião do Comitê do Pacto Global de Coordenação Contra o Terrorismo.
Na abertura do evento, em Nova Iorque, o secretário-geral, António Guterres, mencionou Moçambique como um dos exemplos nos esforços que envolvem a região no combate aos ataques no extremo norte.
Padrão perturbador dos grupos terroristas
O país envolve a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e o Ruanda em operações contraterrorismo em Cabo Delgado. O líder da ONU enfatizou que a ação desses grupos continua ativa no país, ao destacar ainda a Somália e a Bacia do Lago Chade como casos de êxito combatendo o terrorismo.
Guterres disse haver clareza em relação ao “padrão perturbador” da ação dos grupos terroristas que alargam seu alcance em cada comunidade.
Guterres disse que os civis pagam o preço mais alto pela ação de terroristas
Na sua atuação, eles aumentam as redes continentais com novos combatentes, financiamento e armas.
Outras táticas aplicadas pelos grupos terroristas incluem o estreitamento de laços com grupos transnacionais do crime organizado e a propagação do medo, da miséria e de ideologias de ódio através do ciberespaço.
Desenvolvimento sustentável e inclusivo
Para o chefe da ONU, os civis pagam o preço mais alto em todos os casos e o efeito se reflete em toda a humanidade.
Guterres quer que os esforços antiterrorismo estejam ancorados no desenvolvimento sustentável e inclusivo, em primeiro lugar. Ele assinalou que a proposta da Nova Agenda para a Paz enfatiza a prevenção do terrorismo.
Em segundo lugar, o chefe da ONU sugeriu que os direitos humanos orientem esse empenho global, incluindo a garantia da segurança e liberdade das mulheres e meninas.
O chefe da ONU disse ainda que “não há tempo a perder” para aproveitar o potencial do continente africano, que chamou de “lar da esperança” e pronto para enfrentar os desafios do Século 21, mesmo em meio à ameaça da expansão rápida do terrorismo.
Ao reafirmar o compromisso global com o contraterrorismo, e particularmente pela África e pelos africanos, Guterres pediu que a comunidade internacional continue unida e criando soluções para eliminar a sombra do terrorismo.