Nacional
PF quis levar até o celular de Flávio, diz Eduardo Bolsonaro
Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) acredita que ‘superlive’ atraiu operação
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em texto longo na rede social X, se posicionou sobre o que chamou de ‘ato ilegal e imoral’ ao se referir à operação da Polícia Federal (PF) contra o seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
O deputado acredita que o mandado de busca e apreensão foi uma reação à ‘superlive’ que reuniu quase 500 mil pessoas, tendo como ‘elenco’ o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e seus filhos com mandatos eletivos. Eduardo aponta a ‘coincidência’ entre a realização da live e o período em que o mandado teria sido expedido. Ainda segundo o relato, agentes cogitaram apreender os celulares de todos os presentes na casa do ex-presidente, reforçando a ‘teoria’ de uma ‘pesca’ que avança em busca dos ‘segredos da oposição’ ao governo Lula.
“O mandado de apreensão era datado de hoje, 29/JAN. Ou seja, durante o recesso, logo após a super live que pela 1º vez reuniu Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e eu. Tudo confeccionado entre meia-noite e 06:00h de hoje. Ao que tudo indica, para que todos fossem objeto de busca com base em investigação direcionada ao Carlos”.
O deputado disse que o documento, assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, ‘era tão genérico’, que apesar do alvo sobre o vereador carioca, os agentes cogitaram, especificamente, levar o seu celular e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
“Foi perguntado se o Senador Flávio estava hospedado na casa, respondi que sim. Ao final meu celular não foi apreendido, provavelmente por não haver justificativa para ficar com meu aparelho e com o do senador junto. Se fossem todos isonomicamente apreendidos, poderia haver um conflito com as prerrogativas do senador”, narrou.
E completou: “Foi apreendido material de Tércio, assessor do Presidente Bolsonaro, mesmo sem que ele fosse alvo do mandado – um abuso! O lap top e tablet continham o nome de Tércio na tela de início e ele desbloqueou os aparelhos diante dos PF. Não adiantou”.
Um advogado teria sido acionado para acompanhar a busca, mas os agentes se recusaram a esperar a chegada do representante da família. “Esse estado de coisas não pode permanecer, não pode uma ordem judicial ter uma ampliação dessa forma. Isso é ato ilegal, além de imoral”, arrematou Eduardo.