Educação & Cultura
“Promovendo o Desenvolvimento Social: A Sensibilidade da Imprensa ao Tema da Primeira Infância e do Jornalismo”
Há mais de dez anos, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV) apoia e capacita jornalistas para fortalecer a cobertura da primeira infância pela imprensa
A Fundação desempenha um papel fundamental na promoção de um ambiente jornalístico que reconheça a primeira infância como uma temática prioritária e transversal em diversas áreas, como economia, orçamento, educação, saúde, cultura, meio ambiente e políticas públicas. Para atingir esse objetivo, a Fundação implementa programas de formação para comunicadores, além de apoiar veículos e associações de classe.
Uma imprensa sensível a essa causa pode orientar o debate público, mobilizando a sociedade para pressionar por políticas públicas e influenciar gestores na implementação de iniciativas voltadas para crianças pequenas e suas famílias. Como parte dessa estratégia, a Fundação lançou, em parceria com a Associação de Jornalismo Digital (Ajor), a “Bolsa de Reportagem, Mentoria e Jornalismo de Soluções: a Primeira Infância como Pauta Prioritária”, destinada a veículos de mídia independente. As inscrições estão abertas até 23 de fevereiro.
Na mesma linha de ação, foi anunciado o grupo vencedor da bolsa de jornalismo em primeira infância e antirracismo, em parceria com o Nós, Mulheres da Periferia, Alma Preta e Marco Zero. O projeto vencedor abordará o tema do racismo ambiental e seu impacto no direito de brincar de crianças negras e periféricas. A iniciativa será conduzida pelas pernambucanas Eduarda Nunes, da Agência Retruco, Martihene Oliveira, do Sargento Perifa, e Ana Roberta, da Casa da Mulher do Nordeste e Rede Pajeú de Agroecologia. Essas profissionais, que participaram da formação “O papel do jornalismo periférico e antirracista na proteção das crianças negras” no final do ano passado, receberão mentoria e incentivo financeiro para a produção de uma série de reportagens e um podcast.
Além disso, a Fundação planeja realizar, no início de março, uma formação global com 25 jornalistas de todo o mundo no Dart Center for Journalism and Trauma, em parceria com a Columbia University. No mesmo período, será lançado o edital da versão brasileira do curso, agendada para agosto, durante o Mês da Primeira Infância, na Columbia Rio de Janeiro.
Ao longo de sua trajetória, a Fundação já formou mais de 550 comunicadores e jornalistas por meio de 20 cursos oferecidos em parceria com diversos colaboradores. Nesse percurso, também foram apoiados 12 veículos independentes e entidades de classe, fortalecendo e fomentando o ecossistema jornalístico.