AGRICULTURA & PECUÁRIA
Feijão danificado afeta cotações
Dois fatores interconectados têm contribuído para a atual situação no mercado
O cenário no mercado de feijão e pulses no Brasil enfrenta desafios significativos, conforme apontado pelo Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe). Uma combinação de grãos danificados e a pressa dos produtores em comercializar suas safras tem impactado as cotações, levando a uma situação de oferta abundante, mas com qualidade comprometida.
Os valores praticados em recentes transações evidenciam a prevalência de feijões com defeitos, com destaque para negócios que envolvem grãos de nota 7, apresentando mais de 20% de manchas, comercializados por R$ 200 na região do Noroeste de Minas Gerais. É importante ressaltar que esses feijões estão aquém da qualidade que vinha sendo observada desde o início da safra irrigada.
Dois fatores interconectados têm contribuído para a atual situação no mercado. Em primeiro lugar, a perda de qualidade decorrente do excesso de chuvas tem sido um desafio para os produtores de feijão-carioca de sequeiro em Minas Gerais. O segundo elemento é a pressa dos agricultores em vender suas safras, uma vez que a deterioração da qualidade os motiva a buscar oportunidades de comercialização antes que a situação se agrave ainda mais.
O excesso de chuvas tem impactado diretamente na qualidade dos feijões, resultando em grãos danificados que estão longe dos padrões desejáveis. Esse cenário coloca os produtores em uma posição delicada, forçando-os a tomar decisões rápidas para minimizar prejuízos e garantir alguma rentabilidade.
O Noroeste de Minas Gerais, especificamente, tem sido uma das regiões mais afetadas por essa conjuntura adversa. O registro de negócios com feijões de nota 7 e alta porcentagem de manchas por R$ 200 indica a urgência dos produtores em encontrar soluções para escoar suas safras, mesmo diante da qualidade inferior dos grãos.