Saúde
Som e luzes piscantes retardam Alzheimer acelerando a limpeza do cérebro
Existem outras terapias com luz que melhoram sintomas da doença de Alzheimer
Luz e sons contra Alzheimer
Recentemente, uma terapia alternativa com sons e luzes piscando produziu resultados inesperadamente positivos para pacientes com doença de Alzheimer, ajudando-os a retardar o declínio cognitivo típico da doença.
O tratamento envolve expor as pessoas a luzes piscando com frequência de 40 vezes por segundo, ou 40 hertz, e a um som grave, também de 40 Hz. Normalmente, a estimulação é dada durante uma hora por dia.
A chave para o desenvolvimento dessa terapia é que grandes redes de células cerebrais disparam naturalmente em sincronia umas com as outras em frequências diferentes – conhecidas genericamente como ondas cerebrais. Ondas cerebrais de cerca de 40 Hz são frequentemente vistas quando as pessoas estão se concentrando e quando estão formando ou acessando memórias.
Isso intrigou a comunidade científica, com múltiplas equipes reproduzindo os ensaios e tentando encontrar uma explicação para os efeitos tão fortes. Quem encontrou a resposta foram Mitchell Murdock e colegas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA).
Existem outras terapias com luz que melhoram sintomas da doença de Alzheimer
Sistema glinfático
A análise feita por Murdock mostrou que as frequências de luz e som envolvidas na terapia otimizam o funcionamento das redes de eliminação de resíduos do cérebro, o que aumenta a eliminação de beta-amiloide e outras proteínas tóxicas que contribuem para problemas de memória e concentração no Alzheimer.
As ondas operam sobre o sistema de drenagem do cérebro, conhecido como sistema glinfático. Durante a terapia, há uma maior quantidade de líquido cefalorraquidiano entrando no cérebro e mais líquido residual saindo através dos vasos glinfáticos. Isso parece ocorrer porque os vasos sanguíneos próximos pulsam mais, o que ajuda a empurrar o fluido glinfático através dos seus vasos, e por causa de mais água fluindo para o sistema glinfático.
A descoberta dá novo suporte à aplicação da terapia, de baixo custo e fácil aplicação, que deverá ajudar milhões de pessoas que ainda aguardam por um tratamento definitivo contra o Alzheimer.