Segurança Pública
Delegado da PF é acusado de inserir provas falsas em investigação contra ex-ministro de Bolsonaro
O caso envolvendo o delegado da Polícia Federal Bruno Calandrini e a investigação da liberação irregular de verbas do Ministério da Educação durante o governo Bolsonaro levantou uma série de questionamentos sobre a atuação da PF no país. A inclusão de informações falsas no caso, assim como as entrevistas realizadas com funcionários públicos sem autorização e a manutenção da investigação em sigilo sem justificativa aparente, são práticas inaceitáveis no âmbito das instituições democráticas do país.
O relatório conclusivo da investigação apontou que Calandrini será responsabilizado por abuso de autoridade, prevaricação e inserção de dados falsos. Essas ações desrespeitaram o processo regular de investigação envolvendo policiais federais em possíveis crimes e contrariaram o protocolo padrão. A exclusão de depoimentos de importantes figuras, como João Batista Silva Barbosa, Vinicius Araújo de Lima, Samuelson Yoiti Igaki e Carlos Olavo Silveira, também chamou a atenção dos jornais, já que eles ocupavam cargos importantes na época da prisão do ex-ministro Milton Ribeiro.
A prisão preventiva de Ribeiro ocorreu no âmbito da Operação Acesso Pago, em junho de 2022, mas ele foi solto no dia seguinte. A decisão de soltura atendeu a um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-ministro. Depois do pedido de prisão de Milton Ribeiro, foi constatado que o delegado tinha inserido provas falsas na investigação e foi denunciado ao Ministério Público Federal.
Esse caso não é isolado e mostra a importância de manter as instituições democráticas saudáveis e atuantes na sociedade brasileira. O abuso de autoridade, a inserção de informações falsas em processos e a falta de transparência são práticas que devem ser condenadas e combatidas. É preciso garantir que a Polícia Federal e outras instituições responsáveis pelo cumprimento da lei atuem com integridade e imparcialidade, sem interferências políticas ou partidárias.