AGRICULTURA & PECUÁRIA
O que esperar do mercado de milho nesta semana?
No mercado físico, os indicativos de compra estão em queda devido à chegada da soja e à disputa por armazenagem
As Chuvas que prejudicaram a qualidade e colheita da soja tardia também ajudaram para o desenvolvimento do milho de inverno (segunda safra), o que tem segurado as cotações, conforme a análise do Grão Direto. No mercado físico, os indicativos de compra estão em queda devido à chegada da soja e à disputa por armazenagem, mas apenas o mercado interno está ativo para compras. Enquanto isso, a China teve uma boa safra de milho em setembro/outubro, e o milho de inverno apresenta boas condições. Com a demanda chinesa em baixa e a possibilidade de redução na demanda por ração nos EUA, há espaço para uma queda nos preços do milho no mercado internacional.
Sobre as condições climáticas, o clima para essa semana tende a ser favorável para a safrinha de milho. Após uma semana de boas chuvas e temperaturas mais amenas, espera-se outra onda de chuvas na próxima semana. No entanto, é importante ter cautela, pois a partir da segunda quinzena de abril, as chuvas tendem a diminuir com a proximidade do inverno. O plantio antecipado do milho é um fator positivo que pode ajudar a mitigar possíveis problemas. No entanto, lavouras que estavam enfrentando estresse podem se beneficiar das novas chuvas, o que poderá exercer pressão sobre os preços.
Quanto ao suporte dos preços, o etanol de milho pode representar um piso para os preços. As regiões próximas às usinas de produção de etanol à base de milho terão uma vantagem em relação às demais áreas. Com o aumento nos preços do petróleo, é provável que os preços dos combustíveis em geral também subam no Brasil. Devido à paridade entre a gasolina e o etanol, as usinas podem oferecer preços mais atrativos do que os praticados no mercado interno e de exportação, caso o preço do petróleo se mantenha acima de 85 dólares o barril.
Diante das boas condições climáticas e plantio iniciando sem adversidades nos EUA, é possível vermos mais uma semana com Chicago fechando negativo, e isso junto ao mercado brasileiro.