ECONOMIA
Ibovespa hoje: Bolsa fecha em alta puxada por bancos, às vésperas do IPCA e da inflação nos EUA
No fechamento, a bolsa fechou em alta de 0,80%, bem próximo dos 130 mil pontos
O Ibovespa fechou em alta de 0,80%, atingindo 129.890,37 pontos, o maior patamar desde fevereiro. A segunda alta consecutiva foi impulsionada pelo setor financeiro e ações cíclicas.
O mercado coloca todas as suas atenções a divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, sigla em inglês) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — ambos referente a março — que serão divulgados amanhã.
Vale estaciona após recomendação
A Vale (VALE3) estacionou, caindo levemente após um salto de mais de 5% na sessão anterior, chegando a testar o patamar de R$ 62.
Hoje, o Bank of America cortou a recomendação das ações da mineradora de “compra” para “neutra” e o preço-alvo de R$ 95 para R$ 62, impactando a movimentação da ação, que fechou cotada a R$ 62,55, em queda de 0,67%.
Petrobras e dividendos extraordinários
Petrobras apresentou queda inferior à do petróleo Brent durante a sessão. Com isso, as ações viraram em direção ao fechamento (ON +0,51%, PN +0,26%).
Os investidores monitoram, ainda, sinais sobre a possível concessão parcial de dividendos extraordinários que haviam sido retidos em março, além do noticiário em torno do presidente da estatal, Jean Paul Prates, que permanece sob pressão.
Cenário corporativo
O desempenho positivo do Ibovespa foi impulsionado pelos grandes bancos, como Bradesco (ON +1,08%, PN +0,62%), Banco do Brasil (ON +0,85%) e Itaú (PN +1,05%).
Na ponta positiva do Ibovespa, destacaram-se Vamos (+5,47%), JBS (+3,99%) e Assaí (+3,82%), com parte das ações cíclicas reagindo bem à retração da curva de juros domésticos, alinhadas aos Treasuries. No entanto, CVC (-2,62%), CSN (-1,56%) e Carrefour Brasil (-1,39%) apresentaram desempenho negativo.
Expectativas para inflação e juros
Pedro Marinho Coutinho, sócio da The Hill Capital, disse que o mercado está lentamente para os dados de inflação nos Estados Unidos e aqui.
“O CPI — que deve subir 0,3% em março — é um número superimportante para entender se o conforto de Jerome Powell vai continuar em relação às próximas decisões. A dúvida fica se vão cortar os juros, quantas vezes e qual o tamanho desse corte. Aqui, o IPCA deve subir 0,24% em março. A perspectiva de queda de juros no Brasil ajuda a Bolsa e os ativos ciclos se beneficiam e alguns bancos também que estão subindo”.
Em entrevista ao Estadão, Rodrigo Caetano, analista da Toro Investimentos, destacou que as últimas previsões do Focus apontam para um aumento nas expectativas de inflação no Brasil para 2024 e 2025, juntamente com projeções de crescimento econômico mais otimistas para este ano.